Uma alternativa revolucionária e socialista para São Paulo
Pandemia e crise econômica capitalista
A pandemia agravou muito a crise econômica mundial. Grandes empresários e banqueiros, apoiados por governos no mundo inteiro, estão aproveitando para passar a boiada nos direitos da classe trabalhadora, principalmente nos países coloniais e semicoloniais, como o Brasil.
A barbárie que vivemos, o aumento da fome, do desemprego e da exploração, é fruto do sistema capitalista, o grande responsável pela destruição ambiental e pela pandemia. O sistema aumenta a exploração e a opressão sobre o conjunto dos trabalhadores para que meia dúzia de grandes empresas lucrem mais.
A pré-candidatura de Altino e Flávia, em São Paulo, junto com nossa pré-candidata à presidência Vera, está a serviço de denunciar esse sistema e propor uma alternativa socialista, que garanta à maioria da população o direito à saúde, educação, emprego, segurança, transporte e moradia digna.
Bolsonaro aprofundou a catástrofe social no Brasil! É preciso por pra fora o genocida e derrotar Tarcísio de Freitas em São Paulo!
Bolsonaro, Mourão e Guedes aprofundaram a desindustrialização e o projeto imperialista de regressão colonial para transformar o Brasil em um grande celeiro. Avançaram na reforma trabalhista, na precarização do trabalho e no desemprego. A queda na renda do trabalhador e a carestia aumentaram a miséria e a fome. Avançam nas privatizações, na destruição do meio ambiente e deixaram um rastro de mais de 650 mil mortes por meio de uma política genocida.
Tarcísio de Freitas, pré-candidato de Bolsonaro no Estado, defende a mesma política de tragédia para os trabalhadores e um projeto golpista, de ditadura, contra as mínimas liberdades democráticas. É preciso derrotar esse projeto. Ditadura nunca mais!
É urgente derrubar Bolsonaro e seus aliados, como Tarcísio. Para isso é necessária toda unidade pra lutar e unificar as lutas das categorias, dos servidores, do povo pobre e dos oprimidos.
As lutas em curso no país mostram o caminho!
Os operários da Avibras e da CSN fazem importantes greves por seus empregos e salários. Os garis no Rio de Janeiro estão em meio a uma grande luta para garantir suas condições de sobrevivência. Os condutores, em diversas regiões do país, cruzaram os braços. Os professores das redes públicas estaduais e municipais em várias regiões lutam por melhores condições de trabalho e salário. Os indígenas se levantam contra o marco temporal e pela demarcação de terras. Os trabalhadores sem teto pelo direito de morar e pelo fim dos despejos. Precisamos unificar essas lutas e seguir rumo a uma greve geral no país para dar um golpe de morte nesse governo genocida e avançar na reorganização da classe trabalhadora e do povo pobre, fortalecendo a construção de uma alternativa socialista no país.
Doria aumentou a desigualdade em São Paulo! Rodrigo Garcia defende o mesmo projeto!
Enquanto 20% da população vive na pobreza, 128 bilionários no Estado concentram a riqueza de milhões.
Doria se elegeu com o BolsoDoria e apoiou Bolsonaro. Apesar da ruptura com o governo, Doria e o PSDB defendem um projeto econômico semelhante ao de Bolsonaro, de ataque aos trabalhadores e ao povo pobre para beneficiar os banqueiros. São Paulo teve sucessivos governos do PSDB, dois deles de Alckmin, que avançaram nas privatizações, concederam isenções bilionárias a grandes empresas e atacaram os trabalhadores e a juventude. Esses quase 30 anos de governos do PSDB ajudaram no cenário geral de redução do parque industrial e tecnológico do país e no crescimento do agronegócio.
O PSDB lançou a pré-candidatura de Rodrigo Garcia para governador de São Paulo. Ele representa a continuidade do projeto PSDBista de privatização, desemprego e aumento da desigualdade.
Desemprego, fome e miséria em São Paulo!
A taxa de desemprego no Estado é de 13,4%, atingindo 3,4 milhões de trabalhadores. O trabalho informal atinge 30,6% da população com algum tipo de renda no Estado. Na capital, 57% das famílias vivem em insegurança alimentar. A pobreza saltou de 14% para 20% entre 2019 e 2020, no Estado. O déficit habitacional também aumentou durante a gestão Dória: 1,6 milhão de famílias estão sem casa. Falta água nas comunidades, o saneamento básico não chega para os mais pobres e as chuvas castigam as comunidades com enchentes e deslizamentos.
Pandemia e corte no orçamento da saúde!
A pandemia fez mais de 167 mil mortes por Covid em SP. Doria, em plena pandemia, retirou R$ 820 milhões da saúde. Não aplicou uma quarentena séria para os trabalhadores; não deu auxílio suficiente para os desempregados e ajuda para os pequenos comerciantes e reduziu o número de transportes públicos circulando. Antes da pandemia, reduziu os investimentos no Butantan, fechou a Farmácia e Fábrica de Medicamentos do Estado (Furp) e aprofundou a privatização e a terceirização de funcionários da saúde, ajudando a gerar caos, superexploração desses profissionais e falta de medicamentos básicos.
Privatização e ataque aos servidores!
Doria atacou o funcionalismo estadual com corte de direitos e privatizações. Fez a reforma da previdência do Estado que aumenta a idade mínima e impõe uma porcentagem maior de contribuição em relação ao salário. Privatizou as linhas 8 e 9 da CPTM, para aumentar os lucros da Via Mobilidade. Em pouco tempo, aumentaram a superlotação, atrasos, cortes de energia, acidente com morte de trabalhador e piora das condições de trabalho.
Descaso com a educação pública e os professores!
Durante a pandemia, muitos estudantes das escolas públicas estaduais ficaram sem aula. Doria não garantiu condições para milhões de crianças e adolescentes estudarem. Os professores sofrem com baixos salários, sobrecarga de trabalho e com a falta de reajuste necessário. Recentemente, Doria aprovou um novo plano de carreira, que retira mais direitos da categoria.
Para juventude sobra o desemprego, o subemprego, o genocídio e o encarceramento!
A juventude trabalhadora, pobre e, principalmente, negra sofre com o desemprego, que entre os jovens chega a 40% no Estado. Quando conseguem emprego, enfrentam precarização e baixos salários. Para as periferias, favelas e ocupações, o Estado aplica o genocídio e o encarceramento em massa: a juventude apanha e morre nas mãos da PM, quando não é jogada injustamente nas prisões. Não esqueceremos o assassinato dos nove jovens de Paraisópolis e de todos os mortos pelas mãos da PM de João Doria.
Dória governou para os ricos e aposta em Rodrigo Garcia para levar adiante seu projeto!
Haddad e o projeto petista de governar com os ricos não nos representa!
Haddad, pré-candidato do PT ao governo de SP, conta com o apoio de Boulos e da maioria do PSOL. Essa aliança pode parecer uma alternativa que vai melhorar as condições de vida dos trabalhadores. Mas, isso não é assim…
Haddad, no início do governo Lula, elaborou o PL das Parcerias Público Privadas, forma velada de privatização dos serviços públicos. Quando ministro da educação, de Lula e Dilma, foi responsável pelo envio de bilhões de reais do MEC para os tubarões da educação privada através do Prouni e Fies, que poderiam fortalecer e ampliar as universidades públicas. Quando prefeito de São Paulo, investiu dinheiro público nas creches conveniadas e tentou atacar a aposentadoria dos professores municipais, com o SAMPAPREV. Foi derrotado por uma importante greve da categoria.
Como prefeito, Haddad enfrentou a poderosa mobilização de junho de 2013. Ele e Alckmin (atual pré-candidato a vice de Lula), na época governador de SP pelo PSDB, foram os responsáveis pelo aumento da tarifa de ônibus, trem e metrô e, mais tarde, pela violenta repressão ao movimento que levou à explosão social que sacudiu o Brasil. Na época, as mobilizações tinham como foco o governo Dilma, mas também enfrentaram as gestões de Haddad e Alckmin, em São Paulo.
Nossa pré-candidatura enfrenta o projeto ultraliberal e autoritário de Bolsonaro e a catástrofe social causada por quase 30 anos de governos PSDBistas em São Paulo. Mas, também, a saída petista de governar com a burguesia. Lula e Dilma governaram o país por 14 anos. Haddad foi prefeito por 4 anos. Neste período, sequer resolveram problemas básicos de nossa classe. A conciliação com banqueiros e grandes empresários leva à implementação de um programa da classe dominante e à corrupção.
Por isso, consideramos equivocado o apoio do PSOL às candidaturas petistas. A maioria do PSOL sabe que o PT não vai governar para os trabalhadores. Sabe também que estão entrando numa frente ampla com a burguesia e os partidos da ordem. Para piorar, Boulos e o PSOL apontam participação em futuros governos petistas, tornando-se parte da implementação de medidas que atacarão a classe trabalhadora e o povo pobre. A maioria do PSOL vai deixando cada vez mais clara sua proposta, limitada às eleições e à administração do capitalismo.
Não faremos parte desse projeto e achamos que o PSOL erra ao entrar de mala e cuia na Frente Ampla com banqueiros e com Alckmin em escala nacional e também em São Paulo.
Muitos candidatos para um único projeto: defender os interesses dos ricos!
Novamente, vários candidatos de diversos partidos políticos da ordem e representantes da burguesia vão prometer resolver os problemas dos trabalhadores. Vão prometer emprego, saúde, transporte, educação e segurança. Nós sabemos que eles estão mentindo! Estão comprometidos com os interesses dos super-ricos que, aliás, financiam suas campanhas milionárias. Ao se elegerem, têm que pagar essa conta. Para cumprirem qualquer de suas promessas seria preciso parar de repassar milhões do dinheiro público para os bancos e sobretaxar as grandes fortunas.
As eleições não mudam para valer a vida dos trabalhadores. São um jogo de cartas marcadas, financiado pelos ricos, que garantem que seus representantes se revezem no poder. Ganhe quem ganhar, veremos a continuidade dos principais problemas que afetam a vida de milhões de trabalhadores, pois seus governos seguirão administrando o capitalismo.
Altino, uma voz socialista nas eleições de São Paulo
Lançamos Altino como pré-candidato do PSTU ao governo do Estado. Propomos que seja pré-candidato pelo Polo Socialista, para ampliarmos a luta pela independência de classe e por um programa socialista nessas eleições.
Chega dos trabalhadores e do povo pobre pagarem pela crise!
Nossa pré-candidatura em São Paulo quer enfrentar os grandes problemas sociais. Para isso, é preciso combater os interesses dos grandes empresários. Defendemos taxar as grandes fortunas dos 128 super-ricos de São Paulo e parar de pagar a falsa dívida pública que envia bilhões aos banqueiros. Esse dinheiro deve ser destinado aos serviços públicos, aumento de salários e para consolidar um plano de obras públicas que gere emprego e, ao mesmo tempo, desenvolva programas de habitação e saneamento. É preciso, ainda, destinar essa fortuna para projetos que visem atender às pautas das LGBTIs, das mulheres, dos negros (as) e da juventude.
Para gerar emprego, é necessário também reduzir a jornada de trabalho sem redução de salário; acabar com a reforma trabalhista e as terceirizações e defender a contratação com todos os direitos dos precarizados.
É preciso acabar com a especulação imobiliária e colocar os imóveis e terrenos abandonados das grandes construtoras e imobiliárias a serviço dos milhares de trabalhadores sem casa. Defendemos legalizar as ocupações, urbanas e rurais, e acabar com os despejos em todo Estado.
Nossa pré-candidatura defende a estatização do sistema financeiro e a reestatização das empresas privatizadas, como da Via Mobilidade em São Paulo. Enquanto o sistema financeiro ficar na mão dos banqueiros e as empresas estratégicas com as multinacionais, a maioria da população vai continuar sem direitos básicos.
Defendemos a desmilitarização da PM e seus direitos democráticos, inclusive a sindicalização. Nosso programa defende justiça pelos assassinatos dos negros nas comunidades pela polícia e exigimos punição dos envolvidos em massacres. Punição aos culpados! Pelo direito de autodefesa das comunidades contra a violência policial. Pelo fim da PM e a criação de uma polícia civil única com eleição de comandantes e participação das comunidades.
Nossa pré-candidatura está a serviço da defesa dos setores oprimidos de nossa classe, combatendo o machismo, o racismo, a xenofobia e a LGBTIfobia; está nas lutas das mulheres, das LGBTIs, das negras e negros, de todos os imigrantes e migrantes do Estado contra a opressão.
Precisamos construir uma alternativa que ofereça futuro à juventude, combatendo a violência policial e a criminalização da juventude negra e pobre, criando empregos aos jovens trabalhadores, garantindo salário e jornada de trabalho que lhes permita lazer e cultura. Todo jovem deve ter o direito de estudar sem ter que se endividar.
Defendemos um programa contra a destruição da natureza e do meio ambiente, contra a ameaça capitalista à vida no planeta. Fora as multinacionais e agronegócio que lucram com a destruição da natureza!
Nossa pré-candidatura defende a construção e o governo por meio de conselhos populares. Defendemos a mobilização permanente da classe trabalhadora e todas as lutas dos servidores e de diversas categorias em SP e no país, que resistem aos ataques aos seus empregos, salários e à carestia.
A pré-candidatura de Altino e Flávia defende um projeto dos de baixo, dos trabalhadores e do povo pobre contra todos os outros, a serviço da construção do socialismo e da revolução!
Quem são os candidatos?
Altino foi operário químico e presidente do Sindicato dos trabalhadores de indústrias químicas de Pernambuco. Migrou para São Paulo em 1995. Trabalha no metrô há 25 anos. Foi presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo nas gestões de 2010 a 2013 e 2013 a 2016. Tem duas filhas e um neto e é formado em Matemática pela USP.
Fez parte ativa das manifestações de 2013. Foi detido de forma injusta na primeira manifestação. Em todos esses anos como metroviário, lutou com a categoria contra a privatização e pela defesa do setor metro-ferroviário. Depois de tantos enfrentamentos com o governo Alckmin, chegou a ser considerado, por parte da imprensa, o inimigo número 1 do governador.
Esteve nas ruas pelo Fora Bolsonaro com milhares de manifestantes. A história de vida do Altino é uma história de luta contra os grandes patrões e seus governos. É a história da defesa de uma sociedade socialista, em que a riqueza produzida pelos trabalhadores fique nas mãos da classe trabalhadora e dos de baixo.
Flávia nasceu e cresceu na Brasilândia, bairro da periferia da Zona Norte da capital. Participa do coletivo “Brasilândia em luta”, que organiza e divulga protestos, atividades de solidariedade e formação política da população da região.
Formada em Ciências Sociais, é professora de Sociologia na rede estadual e diretora do sindicato dos professores (Apeoesp) e é integrante da Secretaria Executiva Nacional da Central Sindical e Popular Conlutas. Participa ativamente das lutas em defesa da escola pública e da valorização dos professores. Esteve ao lado dos estudantes, nas ocupações das escolas e participou ativamente das greves da educação.