Lutas

Ufscar contra a política federal que ataca a educação: Estudantes, técnicos-administrativos e docentes estão em greve

Juan Toro, de São Carlos (SP)

6 de maio de 2024
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No último dia 11 de março, uma assembleia dos trabalhadores técnicos-administrativos da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) deflagrou greve, tendo como pautas principais o reajuste salarial digno e a reestruturação da carreira. Os docentes iniciaram a greve neste dia 6 de maio, assim como os estudantes da graduação e pós-graduação. As reivindicações se repetem: orçamento adequado para a valorização dos trabalhadores/as, para políticas de permanência; contra a precarização e sucateamento do serviço público; e a defesa de uma educação pública e de qualidade.

Docentes aprovam greve

Todas essas justas reivindicações se chocam com a política econômica do Governo Federal que, junto ao Congresso Nacional, aprovou o Arcabouço Fiscal. A aprovação do arcabouço significa, na prática, menos verba para os serviços públicos, desvalorização dos trabalhadores/as, sucateamento da infraestrutura dos serviços públicos, precarização dos postos de trabalho. Tudo isso para entregar a riqueza produzida pela classe trabalhadora para banqueiros e ricaços através da fraudulenta dívida pública.

Por isso é importante resgatar a luta do funcionalismo público e da juventude contra a PEC da Morte do Temer e contra os cortes orçamentários do negacionista Bolsonaro. Neste sentido, urge construir uma greve geral da educação que derrote o arcabouço fiscal, garantindo orçamento para serviços públicos gratuitos e de qualidade, que valorizem os trabalhadores/as e combata a terceirização.

A luta da educação é também internacional

Temos acompanhado a erupção de manifestações estudantis em defesa da Palestina, contra o genocídio praticado pelo Estado sionista de Israel, tendo como principal método de ação a edificação de acampamentos dentro das universidades. Teve início com os protestos nos Estados Unidos, protestos estes que vêm sofrendo a violência policial (mais de 2000 mil estudantes presos). Repressão que não impediu que os protestos se espalhassem pelo país. Essa luta internacional impulsionada pela juventude já está presente em vários outros países, como México, Inglaterra, França, Canadá, Austrália, Cuba, etc.

Essas manifestações exigem das universidades que rompam os acordos/convênios com Israel. Ao mesmo tempo que exigem dos governos locais que rompam relações diplomáticas e econômicas.

No Brasil esta luta tem que estar presente nas universidades, pois o governo Lula/Alckmin mantêm intactas as relações diplomáticas e econômicas. É preciso exigir o cancelamento da licitação bilionária de blindados que Lula autorizou! Da mesma forma, é preciso exigir das universidades que rompam os convênios, como, por exemplo, os 7 convênios que a USP mantêm com o Estado genocida de Israel.

O genocídio praticado por Israel já matou mais de 34 mil palestinos e feriu/amputou mais de 77 mil.

– Intensificar o movimento grevista, rumo à greve geral da educação para derrotar o Arcabouço Fiscal!
– Deter o genocídio do Estado de Israel contra a Palestina. Palestina livre do rio ao mar!
– Todo apoio à luta do povo palestino! Pelo fim do Estado de Israel!