Lutas

Trabalhadores e trabalhadoras dos Correios deflagram greve em 11 estados

Categoria reivindica realização de concursos públicos, melhores condições de trabalho, mensalidade zero no plano de saúde e aumento real de salário

Redação

8 de agosto de 2024
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Trabalhadores dos Correios do Rio Grande do Sul mobilizados em defesa de seus direitos | Foto: Sintect-RS

A paciência das trabalhadoras e trabalhadores dos Correios chegou ao limite com o governo Lula, que já enrola a e não atende as reivindicações apresentadas como parte da Campanha Salarial. Já são 14 rodadas de negociação sem avanço por parte do governo e da direção da empresa.

Na sexta-feira, dia 3, e na segunda-feira, dia 5, os trabalhadores do Rio Grande do Sul e de São Paulo, respectivamente, realizaram mobilizações e paralisações em cobrança e anunciando a greve nacional que foi deflagrada hoje, 8 de agosto.

Em 11 estados, os sindicatos já entraram em greve por tempo indeterminado. São eles Alagoas, Amapá, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Tocantins, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima; além de São Paulo capital, Bauru e Vale do Paraíba também no estado de São Paulo.

Entre as principais reivindicações estão a realização de concursos públicos, melhores condições de trabalho, mensalidade zero no plano de saúde e aumento real de salário. O governo federal e a direção da empresa estatal estão oferecendo o reajuste de 6,05%, mas para ser pago apenas em janeiro de 2025. A categoria diz não e classifica essa proposta como indecente e desrespeitosa.

O militante do PSTU e dirigente da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), Geraldinho Rodrigues, que também integra a Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, lamenta a postura da maioria da direção da federação que integra.

“A maioria da direção da Fentect enfraquece a luta ao não aprovar greve em seis sindicatos, indicando a aprovação ou não no próximo dia 15. Preferiram dar mais tempo à empresa para nos enrolar ao invés de unificar a mobilização entre as duas federações e os 36 sindicatos da categoria existentes no país”, pontua.

As demais bases sindicais dos correios permanecem em estado de greve e vão decidir se incorporam à paralisação no dia 15. Geraldinho Rodrigues defende que só a luta unificada trará o atendimento das reivindicações da categoria e ressalta o apoio da CSP-Conlutas e do PSTU à greve. “Aos que ainda não paralisaram, a hora é agora. Chega de trégua com um governo que prioriza os ricos e poderosos no orçamento público em detrimento de atender os interesses dos trabalhadores”, finaliza Geraldinho.

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