Lutas

Trabalhadores da MWM fazem greve histórica

Trabalhadores em greve evitam piora no Convênio Médico

Núcleo Operário Zona Sul SP

10 de agosto de 2024
star5 (2 avaliações)
Trabalhadores em Greve avaliando proposta do novo convênio. Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo
Trabalhadores em Greve avaliando proposta do novo convênio. Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo

Na segunda feira, dia 5 de Agosto os trabalhadores da MWM Tupy, na zona sul de São Paulo, entraram em greve contra o rebaixamento do convênio médico imposto pela empresa. Os trabalhadores exigiam que o novo convênio fosse equivalente ou melhor que o atual que já vinha dando problemas também.

Precisaram fazer uma luta heroica e histórica para fazer a patronal entender quem é que produz a riqueza e que os trabalhadores estavam unidos nessa luta. O direito a Saúde é uma reivindicação mínima dos trabalhadores. Há setores da fábrica fazendo horas-extras todos sábados e após o expediente nos dias de semana.

No último período a empresa demitiu dezenas de operários, muitos lesionados e faltando poucos meses para se aposentar. Com menos operários, aumentaram a meta de produção, sobrecarregando fisicamente e psicologicamente os que ficaram. Com a extenuante jornada de trabalho e pressão por metas, muitos se lesionam e desenvolvem doenças psicológicas. Muita pressão, jornada extenuante e pouco respeito aos operários.

Controle da Produção

Em um momento como esse seria conveniente que os trabalhadores que produzem toda a riqueza desta fábrica, tivessem também o controle do caixa da empresa, o controle do fruto de seu trabalho, saber para onde vai o dinheiro produzido e decidir como deve ser empregado. Nesta sociedade capitalista porém, este controle está nas mãos dos capitalistas. Aqueles que ficam com todo o lucro sem haverem participado da produção.

Estes mesmos avarentos capitalistas não demonstram o mínimo de sensibilidade com os trabalhadores que têm filhos, maridos, esposas ou eles próprios em tratamento. São eles, os avarentos capitalistas, os responsáveis para que os trabalhadores sintam a necessidade de desligarem as máquinas e entrarem em greve como recurso para serem ouvidos e terem suas reivindicações atendidas. Estão cobrando daqueles que ficam com toda riqueza que garantam o mínimo: um Convênio Médico de Alta Qualidade igual a padrão dos produtos que os operários entregam, como os motores Euro 6, motores biometano e geradores de energia.

Os Abutres tentaram nos dividir

Os gerentes e diretores da empresa tentaram pressionar e dividir os trabalhadores dizendo que eles iam afetar os clientes. Mas a fábrica só parou por culpa dos diretores e gerentes que não tiveram o mínimo de sensibilidade com os trabalhadores que têm filhos, maridos, esposas ou eles próprios em tratamento. Só olham para os lucros e esquecem de quem os produz. Agora eles lembraram!

O Governo Lula também tem culpa aí!

Um dos patrões dessa empresa é o presidente Lula. Anielle Franco e Carlos Lupi, ex ministros, foram indicados por Lula para compor o Conselho Administrativo da Tupy representando o BNDES e a Previ (Banco do Brasil), maiores acionistas da empresa. Lula tem a obrigação de garantir estabilidade no emprego, redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução de salário e melhora o convênio médico de qualidade para os trabalhadores da MWM/Tupy estendendo por toda a Tupy.

Todo apoio à Greve dos Trabalhadores da MWM

Parabéns aos trabalhadores da MWM. Nós do PSTU apoiamos a Greve dos trabalhadores da MWM e todos os dias enviamos companheiros da CSP- CONLUTAS e do PSTU como os companheiros Altino Metroviário, Professor Lucas, Everaldo Químico de Osasco e Cleber Rabelo da Construção Civil de Belém para apoiar e fortalecer o ânimo e a luta pelo convênio médico. Também apoiamos e participamos das greves dos trabalhadores dos CORREIOS, INSS e ICM-BIO que em alguns casos têm na pauta também o convênio médico. Exigimos o respeito e atendimento das exigências dos trabalhadores públicos. Que as empresas passem a ser administradas pelos trabalhadores da empresa e comunidades que as utilizam.

Trabalhadores no poder

Como dissemos, hoje a luta é pelo mínimo, mas chamamos aos trabalhadores a debater e refletir: Por que não somos nós trabalhadores que decidimos tudo sobre o funcionamento da sociedade? Para onde se deve investir a riqueza produzida? Como garantir saúde pública, gratuita e de qualidade a todos?

No Capitalismo enfiam goela abaixo do trabalhador cada vez mais exploração para garantir o lucro dos empresários. Por isso somos contra o Capitalismo e defendemos que os trabalhadores se organizem, lutem e avancem na consciência para a necessidade de que tomem o controle da sociedade fazendo uma Revolução Socialista. Onde os trabalhadores é que governam. Assim como na Greve os trabalhadores decidiram qual plano médico queriam para poder trabalhar com tranquilidade. No Socialismo decidiriam todo o funcionamento da sociedade em Assembleias Operárias e Populares.

O PSTU é um instrumento dessa luta por uma sociedade sem exploração e sem opressão, sem machismo, racismo e Homofobia. Por uma Sociedade e um mundo Socialista. Em nosso partido não temos empresários. Somos um partido formado por trabalhadores que lutam no dia a dia contra a Exploração capitalista.

Venham conhecer nosso partido, se juntem a nós para fortalecer esse instrumento a serviço da libertação da classe trabalhadora.