Estudantes e movimentos sociais fazem manifestação contra o aumento da passagem do governo Tarcísio
A primeira manifestação de 2024 contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e seus ataques contra o povo trabalhador de São Paulo aconteceu logo no começo do ano. Na noite desse 4 de janeiro, centenas de estudantes marcharam pela Avenida Paulista e Rua Augusta contra o aumento da tarifa de trens e metrô.
O aumento percentual da tarifa (13,6%) que o governador privatista aplicou para atender a seus amigos empresários, corresponde ao triplo da inflação de 2023 e passa o valor das passagens de R$ 4,40 para R$ 5,00.
O governador, que já transfere bilhões de reais do dinheiro público para o bolso dos bilionários da CCR (empresa que administra linhas de trem e metrô privadas, além de rodovias e outros equipamentos públicos) e que pretende privatizar toda a rede de trens e metrô do estado, não está nem um pouco preocupado com a situação do povo trabalhador do estado. O objetivo de Tarcísio é transformar o transporte público sobre trilhos de São Paulo no “padrão Enel” de prestação de serviço, em que os empresários donos da empresa prestadora do serviço ganha bilhões, demite trabalhadores, rebaixa salários, sucateia os serviços e a população sofre com apagões.
Com a tarifa no valor antigo de R$ 4,40 os gastos com passagens do transporte já correspondiam a 17% do orçamento mensal das famílias mais vulneráveis de São Paulo. O aumento impacta ainda mais o orçamento dessas famílias.
Em sua intervenção na manifestação, Julia, militante do Rebeldia e dirigente do CA do curso de Letras da USP, afirmou que estamos na rua “para lutar contra todos os ataques desse governo de ultradireita que defende um projeto de miséria contra a classe trabalhadora e a juventude do nosso estado. É um projeto que aumenta a tarifa e que privatiza. Vai aumentar também a tarifa da água com a privatização. E ataca com violência policial que mata principalmente a juventude negra da periferia. Nós vamos seguir na rua contra os ataques do governo, seja o estadual ou do federal, e contra esse aumento da tarifa”.
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Em 10 de janeiro acontece a segunda manifestação contra o aumento. O ano de 2024 será marcado ainda pelo enfrentamento contra as privatizações do governo Tarcísio de trens, metrô, os próximos passos para privatização da companhia de saneamento (Sabesp) e outras empresas e serviços públicos. É preciso seguir nas ruas e lutar contra esse aumento abusivo que prejudica o povo trabalhador, mas também contra as privatizações de empresas e serviços públicos e as punições àqueles que lutam.
