Educação

SP: Protesto reúne 10 mil professores e servidores municipais em campanha salarial

CSP Conlutas, Central Sindical e Popular

20 de março de 2024
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Uma multidão tomou as ruas do centro de São Paulo nesta terça-feira (19). Cerca de 10 mil professores e servidores municipais realizaram um grande ato, seguido da assembleia que decidiu pela continuidade da greve iniciada na segunda-feira (11).

A mobilização, que faz parte da luta das categorias na Campanha Salarial 2024, teve início em frente à Prefeitura da capital paulista, no Viaduto do Chá e percorreu o trajeto até a Câmara Municipal.

A proposta rebaixada de Nunes de apenas 2,16% de reajuste, começa a tramitar na casa nesta terça. À revelia dos profissionais, Nunes quer a aprovação de seu plano de desmonte das carreiras ainda nesta semana.

Agora, as categorias prometem esquentar a luta com atos diários na Câmara para pressionar os parlamentares. A organização grevista dos professores estima que mais de 80% da categoria tenha aderido ao movimento.

“Vamos seguir na greve e realizar manifestações na Câmara durante a semana conforme forem ocorrendo as sessões”, afirma o professor Lucas, do Coletivo Reviravolta na Educação e militante do PSTU. “A luta é contra a reforma na carreira e pelos 39% de reajuste que os professores exigem”.

A integrante da Executiva Estadual São Paulo da CSP-Conlutas, Profª Grazi Rodrigues, do Movimento Nossa Classe Educação e MRT (Movimento Revolucionário de Trabalhadores) defende a auto-organização da categoria.

“Nós temos reforçado o chamado a adesão da categoria, a auto-organização nas escolas e o diálogo com a comunidade, além da unificação com as outras categorias de servidores que estão em luta. Desta forma a greve vai se massificar”, explica.

Reivindicações

Os servidores reivindicam a reposição da inflação e reajuste linear de 16%. Assim como a garantia do pleno direito às férias, que corre risco, de acordo com o Sindsep, pelo Decreto 62.555, de 2023.

Também estão na pauta a quebra do confisco da dedução de 14% dos vencimentos dos aposentados, melhores condições de trabalho e saúde, o fim das terceirizações e a nomeação de concursos.
Já os professores exigem um reajuste de 39% a ser incorporado em todas as tabelas, fim do confisco previdenciário, aumento do piso dos docentes, gestores e quadros de apoio, além de melhores condições de trabalho nas escolas.

Professores estaduais fazem assembleia

Os professores da rede estadual também deram uma amostra de que estão prontos para a luta contra os ataques do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas e o Secretário da Educação, Renato Feder.

Na sexta-feira (15), centenas de professores participaram da assembleia em frente à Secretaria de Educação. Infelizmente, direção majoritária da Apeoesp, sindicato da categoria, decretou a próxima assembleia apenas para o dia 26 de abril.

“Nós estamos no estado mais rico do país, mas neste estado os professores estão sem salário”, denunciou a professora Flavia Bischain, da Excecutiva Nacional da CSP-Conlutas e coletivo Reviravolta a Educação.

“O governador Tarcísio, que quer que a gente trabalhe por amor, vai pagar mais para os PMs da reserva darem aula nas escolas. Também não falta dinheiro para as empresas como a Multilaser do Feder. É preciso unificar os professores do estado e do município paea fortalecer a luta e arrancar uma vitória”.

Atualmente, os professores estaduais também lutam pela contratação dos profissionais da categoria O. Desde o início do ano, a situação está caótica com professores sem contrato e alunos sem aula. Esta é mais uma manobra para desmontar a Educação do estado.