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Sorocaba (SP): PSTU chama o voto nulo nas eleições municipais

PSTU-SP

9 de setembro de 2024
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Venha conhecer o PSTU, uma alternativa socialista e revolucionária!

Nestas eleições em Sorocaba, votamos e chamamos voto nulo, pela inexistência de uma candidatura que represente os interesses e necessidades dos trabalhadores, povo pobre e setores oprimidos em nossa cidade.

As eleições municipais de 2024 acontecem sob um panorama mundial de crise sem precedentes do sistema capitalista.

Crise econômica, política e ambiental, com setores burgueses se engalfinhando para manter seus lucros, divididos em extrema direita, direita tradicional e reformismo. Diferentes “imperialismos” trocando farpas, como na disputa do mercado mundial entre China, Estados Unidos e Rússia.

Existem expressões sangrentas dessas divisões, como a guerra na Ucrânia, onde a Rússia ataca a soberania de um povo. Outro exemplo é o genocídio do povo palestino pelo sionismo implantado em Israel a partir do imperialismo americano e seus aliados na Europa.

Eles brigam entre si, mas todos propõe o mesmo tipo de saída para resolver sua crise estrutural: explorar e oprimir mais ainda os trabalhadores, retirando mais e mais direitos, salários, empregos…tudo que nos pode manter vivos. Além disso, continuam a destruir o meio ambiente, apesar de discursos hipócritas de preservação. A única coisa que a grande burguesia se empenha em preservar são seus lucros.

No Brasil o governo Lula, ao mesmo tempo que discursa dizendo que não vai sacrificar os pobres, faz exatamente o contrário na prática. Sob a batuta do Arcabouço Fiscal, no ano passado cortou 475 milhões da Saúde, e, nas últimas semanas, anunciou bloqueio de 15 bilhões no orçamento nas áreas sociais.

A chamada frente ampla, que sustenta esse governo (PT, PSOL, PCdoB e Rede), apesar de, em tese, apresentar posições diferentes pontualmente, acaba participando dos grandes acordos com o Centrão. Junto com os deputados e senadores, vão destruindo os serviços públicos e favorecendo os bilionários do agronegócio com incentivos como o Plano Safra, e repassam os “juros da dívida pública” a multimilionários – acionistas e banqueiros nacionais e principalmente estrangeiros.

O governo mantém e incentiva as parcerias público-privadas (PPPs), o  presidente não vetou o Novo Ensino Médio. Equipe econômica acena com cortes de benefícios BPC e cogita desindexar as aposentadorias do reajuste do salário mínimo, só pra citar alguns exemplos.

É um governo amigo de nossos inimigos. Não representa os interesses e necessidades dos trabalhadores e povo pobre, ao contrário, existe para manter os lucros e exorbitantes ganhos dos bilionários nacionais e estrangeiros.

Por outro lado, temos os Bolsonaro e Tarcísio , que se apresentam como “solução”, mas são aberta e declaradamente inimigos. E essa turma hoje apresenta sua versão piorada na figura do Marçal, candidato em São Paulo. Com discursos de “patriotismo”, de “moralidade na política” e “contra o sistema”. Na verdade só querem destruir mais e mais os direitos que nos restam e intensificar a exploração. Sem meias palavras querem impor pela força do autoritarismo todas as medidas favoráveis à grande burguesia.

Amostra disso é o que Tarcísio está fazendo na rede estadual de ensino de São Paulo, demitindo ou precarizando professores, fechando salas, querendo leiloar e militarizar escolas. E também cortando verbas das áreas sociais.

Então…qual a saída?

Imaginem se, ao invés de servir ao lucro dos acionistas, as 200 grandes empresas bilionárias do país fossem dos trabalhadores e do povo, e se usássemos esse lucro para atender as necessidades do Brasil, seja para o real desenvolvimentismo do país, seja para o atendimento das reivindicações dos trabalhadores e a ampliação dos direitos sociais. Não teríamos a crise fiscal nem os problemas do mercado cobrando arrancar o coro dos trabalhadores.

Para isso, é preciso tirar as empresas das mãos dos bilionários capitalistas. Ou seja, expropriá-las. Para que sejam colocadas nas mãos dos trabalhadores, as empresas devem ser do Estado. Mas, não desse Estado atual, controlado pelos bilionários; mas de um Estado construído pelos próprios trabalhadores e trabalhadoras, que governem através de conselhos populares.

Então, teríamos  uma verdadeira democracia dos trabalhadores, com seus organismos controlando e decidindo os rumos do Estado e destas empresas.

Este seria, de fato, um programa socialista para derrotar os bilionários capitalistas, de verdade, e mudar o país.
E apesar do que Lula fala, ele segue governando com e para os bilionários capitalistas.

Ao contrário do que diz a ultradireita, Lula não tem nada de socialista ou anticapitalista.

E evidentemente, ela mesma, a ultra direita não é a solução, mas o aprofundamento do problema, e deve ser combatida com toda força.

E na nossa cidade?

 Rodrigo Manga (Republicanos) é candidato à reeleição. O atual prefeito gosta de deixar pública sua identificação e parceria com o governador Tarcísio (Republicanos), bem como não se furtou de dar apoio aos acampamentos de correligionários de Bolsonaro na frente dos quartéis na cidade, logo após a divulgação do resultado das últimas eleições presidenciais.

Sua gestão é marcada por intensa atividade midiática nas redes sociais, mas para os trabalhadores e povo pobre só piorou grandemente a rede de atenção à saúde, mantém transporte público caro com coletivos super lotados e demorados. Gestão marcada também por inúmeras denúncias de corrupção.

Outro candidato, Danilo Balas, é ex-policial militar e agente da Polícia Federal licenciado, deputado estadual pelo Partido Liberal, pelo qual concorre à prefeitura de Sorocaba. É da base de apoio do governador Tarcísio na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a mesma base que defendeu e garantiu a aprovação da privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o leilão de 300 escolas do estado e a militarização de outras 300.

É preciso lembrar que o partido Republicanos, do candidato Rodrigo Manga também compõe essa base do Tarcísio na Alesp.

Pela coligação PT/PSOL é candidato Paulo Eustasia (PT), o “Paulinho do Transporte”, presidente do Sindicato dos Rodoviários. Tem como candidata a vice Magda Souza do PSOL, coordenadora da sub-sede da APEOESP em Sorocaba. Compõe a coligação ainda os partidos PV, Rede, PCdoB e PDT. É uma candidatura que representa a mesma frente ampla do governo Lula e sua política de alianças com grandes empresários e patrões.

Seu programa não se propõe sequer arranhar os lucros, subsídios e benefícios dos grandes empresários e empreiteiros, cancelar as terceirizações na Saúde e Educação, por exemplo. Na área das opressões sequer apresenta proposta firme de viabilizar o aborto legal, (que o município não faz), pauta mínima dos movimentos de mulheres.

Nós do PSTU entendemos que as eleições nessa democracia que só favorece os ricos não é a solução real. Nós, trabalhadores, periferias, mulheres, LGBTI+, negros e negras dependemos exclusivamente de nossa organização independente dos governos. Só com nossa organização independente seremos capazes de lutar contra os ataques que vem de todos os governos.

Participamos das eleições em inúmeras cidades, apresentando candidatos que trazem o programa que, ao nosso ver, corresponde à necessidade da classe trabalhadora e seus reais aliados. Um programa socialista e revolucionário, de oposição de esquerda ao governo Lula/Alckmin e de enfrentamento à morte da ultra direita bolsonarista e demais representantes como Tarcísio.

Nosso programa propõe cidades governadas por quem trabalha e tudo produz, contra os bilionários capitalistas. Governadas de fato pelos trabalhadores e não mais por políticos que só favorecem um punhado de ricos empresários, cedendo a eles serviços públicos essenciais por meio de terceirizações e privatizações, isenções de impostos, facilidades para especulação imobiliária e toda sorte de concessões.

Enquanto isso trabalhadores e o povo pobre padecem com carestia, aluguéis altos, transporte ruim e caro, dificuldade para educar seus filhos, que continuam morrendo pelas mãos das polícias, incluindo a Guarda Civil Municipal (GCM).

Defendemos

Em Sorocaba, defendemos:

Na Saúde:

— Cessação imediata das terceirizações das UPAs, UPHs e todas as estruturas. Retirar imediatamente nossa saúde das mãos de empresários capitalistas;
— Estatização/municipalização de toda a rede privada sob o controle dos trabalhadores;
— Por uma Saúde Pública executada por servidores públicos. Concurso público para todos os cargos, com valorização salarial e condições de trabalho;
— Saúde não é mercadoria!

Na Educação:

—  Desde as creches, posse imediata a todos os aprovados no último e chamado imediato de novo concurso;
—Diminuir alunos por sala, aumentar o número de profissionais.;
— Acabar com as contratações precarizadas, efetivando os contratados;
—Fora com as terceirizadas;
— Estatização/municipalização de todas as escolas privadas, sob controle dos trabalhadores;
—Educação não é mercadoria!

No transporte:

— Tarifa zero todos os dias da semana para todos;
—Quebrar os contratos com as empresas que exploram esse serviço essencial para os trabalhadores da cidade;
— Em vez de enriquecer barões do transporte, proporcionar serviço gratuito e de qualidade a quem precisa!
—Para quem está empregado em grandes empresas, que as empresas banquem esse transporte.

Na segurança pública:

— Em primeiro lugar, defendemos a desmilitarização das polícias;
— Que a GCM seja controlada pela população e pelas comunidades. É à população que deve prestar contas. Não é admissível que a GCM exerça um papel repressor sobre as comunidades, que as populações, especialmente periféricas, tenham medo dessa corporação.

Nossos candidatos colocam suas candidaturas e eventuais mandatos totalmente a serviço das lutas contra as terceirizações e privatizações dos serviços públicos, da valorização dos servidores e contra a militarização das escolas dos filhos da classe trabalhadora.

Nossa proposta é que todos os setores, inclusive a dotação orçamentária do município sejam submetidos aos Conselhos Populares e que estes decidam os rumos da cidade.

Todos os nossos candidatos defendem que o salário do prefeito não seja superior ao de um operário nível médio e o dos vereadores não maior que o de um professor público.

Não lançamos candidatos neste pleito em Sorocaba. Consideramos que as candidaturas de Rodrigo Manga e Danilo Balas representam a continuidade de uma gestão bolsonarista, inadmissível.

Já a candidatura de Paulinho do Transporte propõe uma administração municipal totalmente alinhada e submissa às políticas do governo federal.

Nenhum ponto do programa que defendemos, para uma cidade governada pelos e para os trabalhadores, está alinhado ao programa desta candidatura.

Diante desse panorama, chamamos todos os lutadores e lutadoras a fazer uma declaração política de descontentamento com qualquer uma das propostas apresentadas, votando nulo nessas eleições municipais.

Também chamamos todos e todas a vir conhecer nossas propostas para construir os instrumentos que nos podem libertar de toda opressão e exploração.

Venha conhecer o PSTU. Uma alternativa socialista e revolucionária!

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