Lutas

Servidores da Educação mostram como se lida com governo intransigente e greve continua forte!

Servidores da Educação mostram como se lida com governo intransigente e greve continua forte

CSP Conlutas, Central Sindical e Popular

6 de junho de 2024
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Se o descaso do presidente Lula e sua equipe com os servidores públicos da Educação continua, também segue forte a greve da categoria. Nesta segunda-feira (3), representantes dos sindicatos que lideram a paralisação foram recebidos pelo governo, mas, novamente, não houve qualquer avanço nas negociações.

Além de insistir na mentira de que não há dinheiro para garantir um reajuste salarial ainda em 2024, o Planalto também não esboça nenhuma vontade de revogar medidas implementadas pelo governo Bolsonaro e que prejudicam os servidores e a educação pública no país.

Com este cenário de intransigência, os sindicalistas tiveram de ocupar a sala de reuniões do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos por cerca de duas horas e deixar claro que não sairiam do local sem uma data para continuar as negociações.

Na próxima terça-feira (11), os técnicos administrativos em Educação terão reunião no MEC. Já na sexta (14) a nova rodada de “negociação” ocorrerá com os professores. A definição das novas agendas veio após um novo Dia de Luta da Educação Federal, em Brasília, nesta segunda-feira (3).

A greve dos servidores em Educação teve início com a base organizada pela Fasubra há mais de dois meses. Na sequência, Sinasefe e ANDES-SN engrossaram as paralisações que atingem quase a totalidade das universidades e institutos federais.

Os novos dias de negociação entre governo e grevistas ocorrem após a entidade lacaia dos interesses de Brasília, o Proifes (Federação de Sindicatos de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico), ter assinado um acordo sem recomposição salarial. No entanto, o documento foi suspenso liminarmente pela Justiça Federal do Sergipe.

O Proifes, que representa uma parcela ínfima do funcionalismo, acatou as propostas governistas, manobrando votações e sendo rechaçado pelas bases. Um exemplo foi o comando de greve criado pelos servidores em Santa Catarina em contraposição ao sindicato de fachada.

Unificar as lutas

Assim como os servidores públicos federais em Educação, há outras categorias do funcionalismo em greve ou em processo de mobilização, bem como professores da rede estadual no Paraná e em São Paulo, ou ainda municipal, como os servidores de Macaé (RJ).

Por isso, a CSP-Conlutas defende a unificação das lutas num processo que leve a uma greve nacional do funcionalismo nas três esferas. As demandas locais e nacionais se fortalecerão num processo unitário e sem rabo preso com os governos.