Internacional

Sebastián Romero está livre!

LIT-QI, Liga Internacional dos Trabalhadores - Quarta Internacional

8 de abril de 2022
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Sebastián Romero

PSTU-Argentina

Finalmente, após 4 anos e 4 meses de perseguição (e destes quase dois anos de prisão), após terem negado todos os pedidos de liberdade e permissões para trabalho e estudo possíveis, Sebastián Romero recuperou sua liberdade, através de um julgamento abreviado em que foi condenado a 3 anos de prisão efetiva, garantindo sua liberdade imediata.

O mesmo juiz que condenou Daniel Ruiz e Cesar Arakaki, agora condenou Sebastián, reafirmando seu caráter de funcionário dos ricos e poderosos, que são os que fizeram e fazem uso do Código Penal. Assim como não nos surpreendeu a condenação de Cesar e de Daniel, não era possível esperar que um julgamento oral e público contra Sebastián tivesse outro desfecho, já que não só se tratava do mesmo juiz, como também dos mesmos promotores e as mesmas testemunhas. Não havia nenhuma garantia de um julgamento justo, esperá-lo apenas atrasaria sua liberdade e que ele pudesse se juntar fisicamente à luta pela liberdade de todos os presos por lutar todas as lutas da classe trabalhadora. Por isso, essa condenação que já era esperada e já cumprida na prática, vamos recorrer para cassá-la, assim como a condenação de Daniel Ruiz e Cesar Arakaki, e continuaremos reivindicando com mobilização.

Para nós, estar fora das garras do Estado de qualquer forma é o primordial, por isso defendemos não comparecer se há possibilidade de sermos presos e, em caso de ocorrer, utilizar todos os caminhos possíveis para garantir a liberdade.

Esta Justiça a serviço dos ricos e poderOsos não tem nenhuma autoridade para nos julgar, porque o que eles condenam é justamente aquilo do qual nos orgulhamos: ser parte da primeira linha da luta da classe trabalhadora contra este sistema de exploração e opressão, e nos defender da repressão com aquilo que tivermos à mão. Acusam-nos de “violentos” quando são eles os que condenam o povo trabalhador à violência da fome e da miséria.

Assim é o duplo padrão da Justiça que, enquanto Pepín Rodríguez Simón (um dos acusados de montar processos para processar pela “mesa judicial” do governo Macri) é um fugitivo sem qualquer consequência, Sebastián teve ordem de captura da Interpol durante anos. Enquanto os responsáveis pelos assassinatos de lutadores populares como, por exemplo, os de Fuentealba, seguem impunes, Milagro Sala segue presa há mais de 6 anos, e os detidos pela mobilização contra o FMI são encarcerados em prisões de segurança máxima.

A perseguição desatada contra Sebastián, Daniel e nosso partido tem poucos precedentes nos últimos anos no país: colocaram preço pela cabeça de Sebastián, ainda mais alto que o dos genocidas foragidos, invadiram as casas dos camaradas, Daniel Ruiz foi preso por 13 meses em prisão de segurança máxima, numa prisão preventiva sem justificativa legal, como forma de extorsão para obter a cabeça de Sebastián; fomos perseguidos e espionados “legalmente” (como consta nos autos) e ilegalmente, como se vê no megacaso contra a AFI. Tudo isso com o objetivo de instruir e intimidar todos os lutadores. Mas eles estavam errados, aqui estamos nós, com mais convicção do que nunca de que, para os trabalhadores, a luta é o único caminho, e com mais ainda para cobrarmos quando chegar a hora.

Hoje festejamos. Agradecemos a todas as organizações que, a nível nacional e internacional nos acompanharam na campanha, e muito especialmente à CADEP por seu acompanhamento legal e companheiro. Recuperamos um soldado da classe operária para nossa trincheira e para a luta que temos colocada na atualidade frente à escalada repressiva e anti-piqueteira a serviço dos planos do FMI: libertar todos os presos por lutar e frear o avanço da criminalização do protesto social e lutar pela liberdade dos presos políticos em todo o mundo.