RS: Não à criminalização e detenção dos desabrigados
Repudiamos a violência do governador Eduardo Leite contra a Ocupação Sarah Domingues
A ocupação realizada no sábado (15/6), por ativistas do movimento pela moradia e desabrigados da enchente de maio (entre eles várias crianças), em mais um dos prédios abandonados do centro da cidade de Porto Alegre, foi alvo de uma ação covarde de “reintegração de posse” na manhã de ontem (17/6).
O edifício, entre a Júlio de Castilhos e a avenida Mauá, que abrigou alguns órgãos públicos do estado, estava desocupado há mais de 10 anos. Por isso, sua ocupação (que é a terceira realizada desde a enchente) é uma
iniciativa mais do que correta. Não tem sentido a existência de imóveis vazios, enquanto desabrigados permanecem sem qualquer perspectiva de obterem suas casas.
Mesmo com a forte chuva que caia na cidade, a Brigada Militar, a mando do governo do estado, retirou a força os ocupantes e os encaminhou ao Palácio da Polícia para que fossem identificadas e submetidas a posterior criminalização. Além disso, houve detenção do coordenador do movimento por moradia de São Paulo, Guilherme Brasil.
Esta é mais uma atitude criminosa do governador que demonstra que tipo de reconstrução pretende implementar.
Foto: Deriva Jornalismo e Fotografia (@derivajornalismo)
O PSTU se solidariza com todos os ocupantes que foram covardemente agredidos hoje e reafirmamos:
— Não aos despejos!
— Reparação integral às vitimas da enchente;
— Exigir dos governos a utilização de todos os prédios desocupados da União, Estado e Município para serem convertidos em moradias aos desabrigados;
— Exigir dos governos e legislativos medidas urgentes de desapropriação, sem indenização, dos imóveis desocupados na mãos de especuladores.
