Prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), oferece um reajuste miserável de 5% e ataca o direito de greve dos servidores municipais
Não deve ser surpresa entre os servidores públicos, militantes e ativistas, ver uma gestão petista atacando a classe trabalhadora, sucateando os serviços públicos e precarizando a vida dos servidores. Neste momento, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), ataca o direito de greve dos servidores municipais exigindo 100% de efetivo e praticando descontos salariais como punição a quem aderiu à paralisação de um dia em 11 de abril e, o pior de tudo, Edinho Silva avança com rapidez no projeto de sucateamento e precarização do serviço público. Uma prova disso é a proposta miserável de reajuste, de somente 5%, desconsiderando que a categoria está sem reajuste há duas campanhas salariais.
O SISMAR, sindicato da categoria, informou no seu site que “a inflação medida pelo IPCA foi de 21,13%, o combustível dobrou de preço, o gás de cozinha subiu 48%, os aluguéis foram reajustados em 57%, a cesta básica subiu 43%, sem falar da inflação dos alimentos.
Ainda assim, infelizmente, depois de dois anos sem conceder reajuste, a Prefeitura de Araraquara ainda ignorou por 64 dias as reivindicações da categoria protocoladas dia 26 de janeiro e só respondeu aos ofícios do Sindicato poucas horas antes da assembleia realizada dia 29 de março(…)”.
A categoria está unida e com disposição de luta, a greve geral vem aí
No dia 29 de março, os servidores municipais fizeram história realizando a maior assembleia dos últimos anos no município, com mais de 1500 servidores presentes, deflagraram estado de greve e encaminharam uma jornada de luta, reivindicando reajuste salarial que reponha, no mínimo, as perdas salariais. Edinho Silva ignorou as demandas dos servidores, não apresentou nenhuma outra proposta, não deixando outro caminho para a categoria. Os servidores paralisaram e realizaram uma assembleia superior à anterior, com mais de 2 mil trabalhadores municipais.
Nesta terça-feira (19) haverá uma nova paralisação da categoria e, a qualquer momento, pode estourar uma greve geral por tempo indeterminado.
O PSTU expressa toda sua solidariedade aos servidores municipais de Araraquara e repudia os ataques da prefeitura. Edinho Silva precisa ser derrotado e o reajuste de 21% conquistado, por isso é justa e necessária a greve geral, chega de sucateamento e precarização!
Para a servidora municipal e militante do PSTU, Maria Edna, “Edinho Silva oferece uma merreca de 5% de reajuste e entrou na justiça exigindo 100% de efetivo, atacando nosso direito à greve. Edinho está levando a categoria dos servidores municipais a um beco sem saída, a categoria está revoltada! Precisaremos entrar em greve geral para conquistar o que é justo, nossos 21% de reajuste”.
Chega de frear as lutas!
As grandes centrais sindicais e maior parte dos partidos de esquerda tentam passar uma borracha em todos os ataques que o Partido dos Trabalhadores impôs e impõe aos trabalhadores e servidores públicos. Essas organizações estão freando as lutas, trabalhando contra a unidade da classe trabalhadora rumo à greve geral que derrube Bolsonaro e Mourão já e conquiste as reivindicações de todos os setores em luta. A maior parte da esquerda está endossando o projeto de conciliação de classe da chapa Lula/Alckmin e da provável pré-candidatura ao governo do estado de São Paulo de Fernando Haddad.
É preciso unificar servidores públicos, operários, trabalhadores informais e setores populares em uma grande greve geral que coloque em cena as reivindicações da classe trabalhadora. E nas eleições é preciso defender um programa socialista e revolucionário que impulsione a organização e mobilização, com independência de classe e que ataque os bilionários e políticos que tem compromisso com a burguesia.
Venha construir o polo socialista e revolucionário!