O fim do genocídio palestino é uma questão LGBTI+
Há 8 meses, um genocídio está em curso em Gaza, na Palestina. Mais de 45 mil pessoas foram assassinadas e outras milhares estão desaparecidas. As cenas de horror têm atualizações diárias, mas poucas ações efetivas dos governos do mundo para deter o Estado de Israel.
Isso porque, há 76 anos, esse Estado de colonização, apartheid e limpeza étnica é um enclave, uma presença indesejada na região, mas muito útil para Estados Unidos, Alemanha e outros países que querem ter presença no Oriente Médio.
As razões para essa ocupação, portanto, não têm nada a ver com religião, mas sim com um projeto colonial, como há 500 anos na América e mais recentemente na África.
E o que nós, LGBTI+, temos a ver com isso?
A luta que originou a Parada, em 1969, nos Estados Unidos, assim como as Paradas em todo o mundo, é uma luta por liberdade, pelo direito à diversidade e por ser quem somos. A luta palestina, por existir e ter o seu direito à autodeterminação, também é uma luta por ser quem são e seguir existindo como povo originário.
Pinkwashing: propaganda racista e colonial para dividir LGBTI+s no mundo
O Estado de Israel sabe desse potencial de unidade das lutas de oprimidos pelo mundo e, por isso, tenta nos dividir. Ao longo dos anos, a propaganda israelense difundiu um suposto paraíso LGBTI+ sobre o sangue palestino, construindo uma relação entre ser pessoa LGBTI+ em Israel e a defesa do Estado colonial. Além disso, foi a fundo no pinkmoney, ou seja, o mercado ao redor do turismo LGBTI+, fazendo de Tel Aviv um local de eventos LGBTI+.
Ao utilizar as LGBTI+s como escudo para as suas práticas coloniais, Israel tenta normalizar a sua realidade de Estado opressor, para ganhar a confiança e enganar comunidades oprimidas no mundo todo.
O maior perigo para as LGBTIs palestinas hoje é o Estado de Israel
Assim como em todos os lugares do mundo, inclusive no Brasil, as pessoas diversas palestinas têm muitas lutas por direito a serem feitas. Mas essas lutas por direitos da comunidade LGBTI+ palestina estarão sempre ligadas à luta anticolonial, pela libertação completa da Palestina e pelo direito de existir.
Apoiar as LGBTIs palestinas e exigir ruptura total de relações do Brasil com o Estado genocida de Israel!
Precisamos seguir pressionando o governo brasileiro a cortar relações com o Estado mais perigoso para a humanidade hoje, que comete genocídio em Gaza há 8 meses e segue impune, o Estado de Israel.
Una-se ao BDS!
BDS é uma campanha baseada no vitorioso boicote que foi feito ao regime de apartheid na África do Sul. Através do Boicote, Desinvestimento e Sanções, é possível isolar Israel, parar seu financiamento e sua propaganda de guerra.