Nossa homenagem a Celeste Caeiro, um dos símbolos da Revolução dos Cravos
Celeste faleceu mês passado, mas seguirá marcada na história como a 'Dama dos Cravos'
Emmanuel Silva, do PSTU ABC-Baixada Santista
Há um mês falecia (15 de novembro), aos 91 anos, Celeste Caeiro, conhecida como a ‘Dama dos Cravos’. Ela ficou conhecida mundialmente, depois de ser fotografada por jornalista distribuindo cravos aos soldados rebelados contra o ditador Salazar, no dia 25 de abril 1974. Por essa atitude, o movimento revolucionário que derrubou o ditador Salazar ficou mundialmente conhecida como a Revolução do Cravos.
Ela própria contou que no dia da inauguração do restaurante no qual trabalhava, o proprietário comprou cravos vermelhos e brancos para a equipe de mulheres e para os fregueses. Nesse mesmo dia houve uma rebelião dos soldados contra o ditador Salazar. O dono do restaurante cancelou a inauguração e a Celeste ficou encarregada de levar os cravos para casa.
Celeste, que era uma militante comunista, contou que caminhava pelas rua de Lisboa a caminho de casa com os cravos nas mãos e foi abordada por um soldado, que lhe pediu um cigarro. Como ela não tinha, resolveu dar um cravo ao jovem militar rebelado. Os outros soldados que estavam caminhando também ganharam flores e começaram a colocar os cravos na boca das metralhadoras e fuzis.
Um jornalista que estava cobrindo o processo revolucionário ao ver aquela cena fotografou e essa foto ganhou a capa dos jornais do mundo inteiro. A partir dai os donos das floriculturas resolveram dar flores e cravos aos soldado rebelados contra o ditador.
Essa atitude da Celeste se transformou em um símbolo da revolução que derrubou a ditadura em Portugal.
Queremos prestar uma homenagem a essa lutadora e dizer que a luta por uma sociedade socialista permanece viva. Celeste Caeiro: presente!
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