Não ao fechamento da fábrica da Toyota de Indaiatuba!
É inadmissível que, em meio ao anúncio de um investimento tão volumoso no país, a empresa feche uma fábrica, na qual seria plenamente possível investir e dar continuidade nas suas operações
Na esteira das demais montadoras que vem anunciando investimentos no país, a Toyota oficializou, neste dia 5 de março, um investimento total de R$11 bilhões até 2030, sendo os primeiros R$ 5 bilhões até 2026, na planta de Sorocaba. Tanto o anúncio oficial, quanto a maioria das matérias na grande imprensa e a repercussão dos governos estadual e federal, param por aí. No entanto há uma informação importante sendo deixada de lado: o fechamento da planta de Indaiatuba.
Em Indaiatuba, é produzido o Corolla sedã desde 1998, modelo que detém 90% das vendas de sedãs médios no país. E dali também saem as exportações para grande parte da América Latina.
São bilhões de reais em lucros gerados todos os anos pelos 1500 trabalhadores e trabalhadoras em Indaiatuba, utilizados, inclusive, para construir as plantas mais recentes da empresa (Sorocaba e Porto Feliz).
É inadmissível que, em meio ao anúncio de um investimento tão volumoso no país, a empresa feche uma fábrica na qual seria plenamente possível investir e dar continuidade nas suas operações.
Tampouco pode-se confiar na informação de que os empregos serão garantidos com uma transferência para Sorocaba, seja por diferenças salariais, seja por gastos que a empresa teria com o deslocamento de tanta gente. Sem falar no incômodo de perder mais algumas horas da vida com uma viagem de uma cidade a outra.
Sem falar nas tantas isenções de impostos que as grandes empresas tiveram ao longo desses anos por parte de todos os governos. Para a Toyota não foi diferente. É mais uma vez os bilionários se aproveitando da classe trabalhadora ao máximo, adoecendo centenas devido ao ritmo da produção, e depois descartam todo mundo.
Vai ter luta
Em assembleia com as trabalhadoras e os trabalhadores no dia 6, o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região expôs a situação e disse que não se pode aceitar tal postura da empresa.
Foi colocado em votação e aprovado pelas trabalhadoras e pelos trabalhadores uma grande campanha pelo não fechamento da planta. A cobrança será feita sobre os governos das 3 esferas, bem como sobre parlamentares. E a própria matriz, no Japão, será alvo da reivindicação.
Para nós esse é o caminho: organizar a luta de maneira coletiva, envolvendo o sindicato, os cipeiros e toda a peãozada, para dar visibilidade ao problema e ter condições de reverter a decisão.
Nós do PSTU estamos junto com a companheirada na linha de frente deste enfrentamento e chamamos todos os movimentos sociais, organizações e quem mais se dispuser a enfrentar a Toyota para que esteja junto.