Declarações

Não à censura! Toda a solidariedade a Breno Altman

Entidade sionista tenta censurar jornalista utilizando da falsa equivalência entre "antissionismo" e "antissemitismo"

Redação

1 de dezembro de 2023
star5 (6 avaliações)

O PSTU vem a público prestar sua solidariedade ao jornalista Breno Altman, vítima de uma vil perseguição judicial por parte da Conib (Confederação Israelita do Brasil), que notoriamente está ligada à extrema direita e é simpatizante ao bolsonarismo, e que se utiliza da surrada falácia de se igualar “antissionismo” a “antissemitismo”. Um recurso amplamente utilizado pelo próprio Estado de Israel, e seus representantes ao redor do mundo, para tentar legitimar as atrocidades cometidas neste momento na Palestina ocupada, no longo processo de genocídio e limpeza étnica perpetrado contra o povo palestino há 75 anos.

O jornalista vem sendo vítima desse tipo de ataque desde o recrudescimento da matança generalizada do Estado sionista em Gaza, inclusive com uma série de ameaças físicas. A Conib se soma a esse movimento e quer impor a censura a Breno Altman, já conseguindo duas liminares (uma na esfera cível e a última, na criminal, nesse dia 30 de novembro), a fim de obrigá-lo a retirar posts que, segundo a entidade, seriam “antissemitas”. Uma denúncia que, por si só, é ridícula, uma vez que o próprio jornalista tem origem judaica. Aliás, em várias partes do mundo, personalidades e organizações judaicas, como a Jewish Voice for Peace, tem se insurgido contra o genocídio do Estado de Israel na Palestina, com protestos e manifestações públicas, como a ocupação do Capitólio nos EUA.

Leia também

Israel é, desde sempre, um Estado alicerçado num regime de apartheid

O sionismo é, desde sua origem, uma ideologia racista e supremacista, e o Estado de Israel é a sua materialização possibilitada a partir do apoio do imperialismo britânico e posteriormente norte-americano, no interesse de manter um enclave militar em pleno Oriente Médio. É racista porque, para atingir esse objetivo, lança mão de massacres e expulsões em massa da população palestina como na “Nakba” (fundação do Estado de Israel em 1948), num processo que segue até hoje, e acelerado no último mês a fim de impor uma “solução final” aos palestinos: a sua eliminação física e expulsão para o deserto do Sinai (como ficou provado em documento oficial vazado do próprio Estado de Israel). Dentro do próprio Estado de Israel, autodeclarada de forma cínica como “única democracia no Oriente Médio”, os árabes são tratados como cidadãos de segunda classe, sem os mesmos direitos que os israelenses judeus. Trata-se de um Estado de apartheid, tal como havia na África do Sul contra os negros.

Em meio ao atual massacre, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, chegou a chamar os palestinos de “animais humanos”, expondo o caráter racista do Estado que representa. Sobre isso, a Conib, e outras organizações sionistas como a Stand With Us, nada disseram.

Ao atacar a liberdade de expressão e querer calar quem combate o massacre e o genocídio legitimado por essa ideologia supremacista, essas organizações, na verdade, acabam por se desmascarar e expor seu caráter fascistoide.

Assim como lutamos pelo fim do Estado de apartheid na África do Sul, nos colocamos lado a lado dos que lutam pelo fim do Estado racista de Israel, por uma Palestina livre, democrática, laica e não-racista, onde os palestinos possam conviver em paz com todos aqueles e aquelas que aceitaram viver em paz com os palestinos, sejam judeus, cristãos, árabes, de qualquer etnia ou religião, tal como era antes da chegada do movimento sionista em terras palestinas e do estabelecimento do Estado racista de Israel patrocinada pelo imperialismo.

Saiba mais

Entenda por que antissionismo não é antissemitismo