Estado de Israel ataca campo de refugiados em Rafah, queimando vivos mulheres e crianças
Ao menos 45 pessoas morreram em campo de refugiados da ONU em Rafah, maioria de mulheres e crianças; mais de 200 foram assassinados em outras áreas “humanitárias”
Um bombardeio das forças armadas do Estado de Israel contra um campo de refugiados da UNRWA (Agência da ONU para Refugiados Palestinos), neste domingo, 26, no campo de Tal as-Sultan, na região de Rafah, sul de Gaza, mostrou, mais uma vez, o caráter genocida do Estado sionista, e o seu objetivo de impor uma “solução final” exterminando a população palestina.
As cenas de destruição que a própria ONU classificou como um “inferno na Terra”, chocam e remontam às cenas mais crueis de guerra, como os ataques de Napalm realizados pelos EUA na guerra do Vietnã, matando idosos, mulheres, crianças e bebês. Isso porque parte dos refugiados morreram queimados devido aos incêndios causados pelos bombardeios das forças sionistas.
As imagens de uma criança palestina decapitada também repercutiram, contrapondo-se às fake news disseminadas pelo Estado de Israel, de que palestinos haviam “decapitado bebês” em 7 de outubro. Neste domingo, porém, não eram fake news, mas a realidade de uma barbárie, documentada ao vivo para todo o mundo.
MASSACRE | Estado de Israel bombardeia campo de refugiados da ONU para os palestinos, a UNRWA, em Rafah, Gaza.
Ao menos 50 pessoas teriam morrido, grande parte queimadas vivashttps://t.co/0ortfgSnEx
— Opinião Socialista (@opsocialista) May 26, 2024
Ao menos 45 pessoas morreram neste ataque a Rafah, a maioria mulheres e crianças.
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Genocídio
Não é coincidência que as vítimas deste ataque do Estado de Israel tenham sido civis, mulheres e crianças. O Estado sionista, contrariando inclusive legislação internacional sobre conflitos, forçou o deslocamento da maior parte da população de Gaza para o sul. O próprio campo de refugiados em Rafah estava no que Israel classificava como uma “zona humanitária”.
A carnificina promovida pelo Estado de Israel neste domingo vem aumentando a onda de indignação contra o Estado sionista por todo o mundo. “Nunca esqueceremos as imagens de Rafah esta noite. Seres humanos, incluindo bebês, foram queimados vivos e dilacerados. Este genocídio deve acabar, deve terminar agora“, divulgou a organização Jewish Voice for Peace, entidade internacional judaica que se coloca contra o genocídio perpetrado em Gaza.
O massacre em Rafah ocorre dois dias após a Corte Internacional de Justiça do Tribunal de Haia ter determinado o fim de qualquer ataque em Rafah. Apesar disso, o Estado de Israel não só bombardeou o local, como realizou 60 ataques em 48h contra refugiados em diversas áreas, como Jabalia, Nuseirat e Gaza City, assassinando outras 160 pessoas.
Além dos bombardeios, a população de Gaza vem sofrendo com o cerco e o embargo imposto pelo Estado sionista. Há relatos de mortes de crianças por desnutrição, além da falta de suprimentos médicos, água, de higiene e todos os produtos de primeira necessidade.
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Solidariedade internacional
O ataque aos campos de refugiados neste final de semana, e em especial a barbárie promovida em Rafah, reforça a importância da mobilização internacional pelo imediato cessar-fogo, o fim do genocídio e a luta contra o Estado genocida de Israel. É necessário ampliar o isolamento internacional do governo criminoso de Netanyahu e do Estado de Israel, e isso passa por exigir dos governos, incluindo, no Brasil, do governo Lula, o rompimento de todas as relações diplomáticas, comerciais e militares com esse Estado.
#PalestinaLivre#PalestinaWillBeFree Após 7 meses de #GenocidioPalestino a solidariedade cresce no mundo e os acampamentos universitários multiplicam-se apesar da repressão.
Neste domingo, 2 de junho, acompanhe-nos na live: A juventude do mundo apoia o povo palestino. pic.twitter.com/4ZHXKjplzz— LIT -CI (@LITCI) May 24, 2024