Mundo Árabe

Estado de Israel ataca campo de refugiados em Rafah, queimando vivos mulheres e crianças

Ao menos 45 pessoas morreram em campo de refugiados da ONU em Rafah, maioria de mulheres e crianças; mais de 200 foram assassinados em outras áreas “humanitárias”

Redação

27 de maio de 2024
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Um bombardeio das forças armadas do Estado de Israel contra um campo de refugiados da UNRWA (Agência da ONU para Refugiados Palestinos), neste domingo, 26, no campo de Tal as-Sultan, na região de Rafah, sul de Gaza, mostrou, mais uma vez, o caráter genocida do Estado sionista, e o seu objetivo de impor uma “solução final” exterminando a população palestina.

As cenas de destruição que a própria ONU classificou como um “inferno na Terra”, chocam e remontam às cenas mais crueis de guerra, como os ataques de Napalm realizados pelos EUA na guerra do Vietnã, matando idosos, mulheres, crianças e bebês. Isso porque parte dos refugiados morreram queimados devido aos incêndios causados pelos bombardeios das forças sionistas.

As imagens de uma criança palestina decapitada também repercutiram, contrapondo-se às fake news disseminadas pelo Estado de Israel, de que palestinos haviam “decapitado bebês” em 7 de outubro. Neste domingo, porém, não eram fake news, mas a realidade de uma barbárie, documentada ao vivo para todo o mundo.

Ao menos 45 pessoas morreram neste ataque a Rafah, a maioria mulheres e crianças. 

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Genocídio

Não é coincidência que as vítimas deste ataque do Estado de Israel tenham sido civis, mulheres e crianças. O Estado sionista, contrariando inclusive legislação internacional sobre conflitos, forçou o deslocamento da maior parte da população de Gaza para o sul. O próprio campo de refugiados em Rafah estava no que Israel classificava como uma “zona humanitária”. 

A carnificina promovida pelo Estado de Israel neste domingo vem aumentando a onda de indignação contra o Estado sionista por todo o mundo. “Nunca esqueceremos as imagens de Rafah esta noite. Seres humanos, incluindo bebês, foram queimados vivos e dilacerados. Este genocídio deve acabar, deve terminar agora“, divulgou a organização Jewish Voice for Peace, entidade internacional judaica que se coloca contra o genocídio perpetrado em Gaza.

O massacre em Rafah ocorre dois dias após a Corte Internacional de Justiça do Tribunal de Haia ter determinado o fim de qualquer ataque em Rafah. Apesar disso, o Estado de Israel não só bombardeou o local, como realizou 60 ataques em 48h contra refugiados em diversas áreas, como Jabalia, Nuseirat e Gaza City, assassinando outras 160 pessoas.

Além dos bombardeios, a população de Gaza vem sofrendo com o cerco e o embargo imposto pelo Estado sionista. Há relatos de mortes de crianças por desnutrição, além da falta de suprimentos médicos, água, de higiene e todos os produtos de primeira necessidade.

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Solidariedade internacional

O ataque aos campos de refugiados neste final de semana, e em especial a barbárie promovida em Rafah, reforça a importância da mobilização internacional pelo imediato cessar-fogo, o fim do genocídio e a luta contra o Estado genocida de Israel. É necessário ampliar o isolamento internacional do governo criminoso de Netanyahu e do Estado de Israel, e isso passa por exigir dos governos, incluindo, no Brasil, do governo Lula, o rompimento de todas as relações diplomáticas, comerciais e militares com esse Estado.