Em passeata, metalúrgicos da Avibras exigem pagamento de dívida trabalhista
Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região vai intensificar luta para que todos os direitos sejam pagos
Os trabalhadores da Avibras realizaram uma passeata, na manhã desta quinta-feira (21), como parte da luta para que todos os salários e multas devidos pela empresa sejam pagos na íntegra. A manifestação, que reuniu cerca de 80 pessoas, aconteceu no centro de Jacareí, cidade onde está localizada a fábrica da Avibras, passou pela Prefeitura e terminou na Câmara Municipal.
Antes da passeata, iniciada por volta das 10h30, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região organizou uma plenária com os trabalhadores, que foram ouvidos e puderam se expressar sobre a proposta apresentada, na terça-feira (19), pelo possível comprador da Avibras.
A decisão na plenária, realizada na subsede do Sindicato em Jacareí, foi unânime: será intensificada a cobrança aos governos municipal, estadual e federal para que exijam da Avibras e do investidor o pagamento da dívida trabalhista.
Também ficou decidido que será dada continuidade à luta até que a dívida seja paga.
O investidor propôs que os trabalhadores renunciem a todas as multas relativas aos atrasos salariais. Além disso, os 19 salários pendentes seriam divididos em 13 parcelas.
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Carta ao poder público
Durante a manifestação, o Sindicato entregou cartas endereçadas ao prefeito Izaías Santana (PSDB) e ao prefeito eleito Celso Florêncio (PL), com um chamado para que se posicionem publicamente, cobrando a Avibras, o investidor e o governo federal para que encontrem uma solução para o pagamento da dívida trabalhista. Os dirigentes sindicais foram recebidos por Izaías.
Em seguida, os trabalhadores se dirigiram à Câmara Municipal e realizam uma manifestação no plenário, também exigindo que os vereadores se posicionem publicamente sobre a crise na Avibras.
Nova reunião
O Sindicato e o investidor que está interessado em adquirir a Avibras fazem uma terceira rodada de negociação, nesta sexta-feira (21), às 14h. o último encontro terminou sem acordo. O Sindicato reivindica que o pagamento seja feito na íntegra, com parcelamento em no máximo quatro vezes.
“O poder público não pode permanecer omisso diante de uma situação dessa gravidade. A proposta apresentada pelo investidor não atende às necessidades dos trabalhadores. Exigimos que a prefeitura, o governo do Estado e o governo Lula se posicionem cobrando o pagamento de toda a dívida trabalhista”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.