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Eleições 2024: Programa do PSTU para a cidade de São Gonçalo (RJ)

Oposição de esquerda, revolucionária e socialista com Reginaldo Afonso prefeito e Roberto Baeta vice

PSTU São Gonçalo (RJ)

14 de agosto de 2024
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São Gonçalo é o segundo município mais populoso do estado, atrás somente da capital e a maioria da população é negra

O PSTU a apresenta para concorrer as eleições para a prefeitura de São Gonçalo os companheiros Reginaldo Afonso, trabalhador negro, carteiro há 27 anos, trabalha na Amendoeira, mora em Santa Isabel, militante do movimento negro e sindical, e Roberto Baeta, que é professor negro, da rede pública estadual, mora em Jardim Alcântara. Assim como Reginaldo, também é militante do movimento negro e sindical.

São Gonçalo é o segundo município mais populoso do estado, atrás somente da capital e a maioria da população é negra (57%). O desemprego é uma realidade presente, principalmente entre os jovens negros. Muitos trabalhadores cerca de 90% vivem de trabalho informal sem vínculo empregatício e direitos trabalhistas, como ambulantes e trabalhadores de aplicativos. A população da cidade é um grande “exército de reserva” de mão de obra para qual os bilionários e grandes empresas e seus governos reservam baixos salários, desigualdade social e péssimas condições de vida. Dentre aqueles que têm emprego formal, muitos precisam se deslocar para cidades vizinhas como Rio de Janeiro ou Niterói para trabalhar. Essa realidade não mudou nem com Aparecida Panisset, Neilton Mulin, Nanci  e nem com o atual prefeito, Nelson Ruas.

O salário de um professor no município é menor que piso nacional da categoria e muitas escolas sofrem com falta de profissionais, o que levou os profissionais de educação a fazerem uma greve de 48h em julho deste ano. Faltam hospitais, principalmente de alta complexidade, e o programa médico de família não chega a todos os bairros. A mobilidade urbana é um caos, com o transporte público totalmente controlado pelas grandes empresas rodoviárias, que prestam um péssimo serviço.

Grande parte dos domicílios sequer tem água encanada e apenas uma ínfima parcela do esgoto é tratada. Muitos bairros convivem com o risco diário de enchentes e deslizamentos, como o que vitimou 4 pessoas em fevereiro de 2023 no Engenho Pequeno. Além disso, os moradores das favelas e bairros periféricos vivem sob o fogo cruzado da polícia e do crime organizado.

O PSTU defende que todo trabalhador e trabalhadora possa ter emprego, moradia, saúde e educação pública e de qualidade, acesso à cultura e lazer. Para isso, é preciso enfrentar os banqueiros e os bilionários, donos das grandes empresas. Romper com a Lei de Responsabilidade Fiscal para investir naquilo que a população trabalhadora precisa. Os trabalhadores precisam governar a cidade e o país, através de conselhos populares.

Lula, Alckmin e companhia não tem governado para os trabalhadores, nem colocado o pobre no orçamento, como eles gostam de dizer. São os ricos e os banqueiros que têm prioridade no orçamento do governo, que vem atendendo aos bilionários capitalistas, como vimos com a liberação de R$ 300 bilhões para as grandes empresas do setor industrial, o Plano Safra de R$ 400 bilhões para engordar os cofres do agronegócio e a reforma Tributária que não diminuiu um centavo dos impostos que os pobres pagam.

Enquanto isso, para os trabalhadores é o reajuste zero (como vimos na greve da educação federal) e cortes nas áreas sociais para garantir as metas do arcabouço fiscal. Nem mesmo reverter as privatizações feitas no governo Bolsonaro e barrar o Novo Ensino Médio o governo Lula está se prestando. É esse governo que Dimas Gadelha quer reproduzir em São Gonçalo.

Mas Bolsonaro e seus candidatos não são alternativa para os trabalhadores. São defensores de corruptos e golpistas e querem a volta da ditadura. Nelson Ruas é um legítimo representante dessa turma. Defende as escolas militarizadas e a privatização como modelo. Seu grupo político promove a violência racista, machista e LGBTIfóbica, destilando fakewnews.

No estado do Rio de Janeiro, Claudio Castro aplica de forma brutal o projeto liberal: privatizou tudo que ainda não tinha sido privatizado, incluindo a CEDAE; aplicou aqui a reforma administrativa e da previdência, acabando com a aposentadoria e a carreira de muitos servidores públicos. Tudo para agradar os banqueiros e os bilionários com o Regime de Recuperação Fiscal.

Por isto, os candidatos do PSTU se colocam como OPOSIÇÂO DE ESQUERDA, SOCIALISTA E REVOLUCIONÁRIA ao governo municipal de Nelson Ruas, mas também ao governo estadual de Cláudio Castro e ao governo federal de Lula e seus aliados de direita.

Falta tudo em São Gonçalo que é marcada pela precariedade fazendo de sua população um reservatório de mão de obra barata. Tudo para os empresários ,donos de empresas de obras, é rápido. Para os trabalhadores não tem dinheiro, tudo é lento. Isso é capitalismo! Os trabalhadores precisam tomar a cidade em suas mãos, tirar São Gonçalo e suas vidas das garras da burguesia dos ricos exploradores, assumir o comando da cidade e controlar as verbas públicas através dos conselhos populares. Sem isso, nada muda e nada mudará de verdade em São Gonçalo, nossa cidade. São Gonçalo, o Brasil e o mundo precisam de uma Revolução Socialista! Só assim será possível as propostas abaixo:

1. APOIO ÀS LUTAS DOS TRABALHADORES

Enquanto escrevíamos este texto, lutas importantes estão sendo travadas por segmentos da classe trabalhadora, seja na esfera federal, estadual ou municipal. Servidores públicos federais do meio ambiente e da previdência travam uma dura greve contra a política econômica do governo Lula/Alckmin, por reajuste salarial, melhorias na carreira e investimentos. Assim como trabalhadores dos Correios, que, além do reajuste salarial, lutam contra a precarização dos serviços e o processo de privatização da empresa. Estudantes da UERJ ocupam a reitoria da universidade contra os cortes nas bolsas sociais promovido por Claudio Castro. Em São Gonçalo, profissionais de educação estão em estado de greve, reivindicando à prefeitura de Nelson Ruas o pagamento do piso nacional da categoria, o cumprimento de 1/3 da carga horária destinada ao planejamento e a convocação dos aprovados nos últimos concursos.

O PSTU apoia incondicionalmente todas as lutas da classe trabalhadora, seja contra os patrões que nos exploram ou contra os governos que os representam. A mudança profunda que precisamos só pode ocorrer com os trabalhadores organizados e mobilizados, de forma independente de governos e patrões.

A luta dos trabalhadores é internacional. Todo apoio à luta do povo palestino e ucraniano!

2. EDUCAÇÃO

Há uma crise na educação municipal. O última pesquisa que revelou a existência de 50% de jovens analfabetos expressam isso! A prefeitura de São Gonçalo paga a seus profissionais de educação menos que o piso nacional. Nelson Ruas mudou para pior o plano de carreira da categoria. O salário defasado, somado à falta de profissionais em muitas escolas, levou os trabalhadores do setor realizar este ano uma greve de 48h. Faltam vagas na educação infantil. Milhares de mães e pais trabalhadores passam anos nas filas e não conseguem matricular seus filhos. Enquanto isso, a prefeitura superfatura o leite das creches para favorecer uma grande empresa do ramo de alimentos.

— Revogação do atual plano de carreira do prefeito Nelson Ruas e aprovado pela maioria dos atuais vereadores que demonstraram falta de compromisso com a educação dos trabalhadores;

— Em defesa da educação pública de qualidade, com mais investimento e valorização dos trabalhadores, pagamento do piso nacional da educação; 5 salários mínimos para professor e 3,5 para funcionários de escola;

— 30% do orçamento municipal para a educação! 6% para educação inclusiva;

— Garantia de professores de apoio especializado para todos os estudantes com necessidades especiais e equipe técnica multiprofissional em todas as escolas; dentistas nas escolas;

— Construção de Unidades de Educação Infantil integral (creches) públicos para atender toda demanda;

— Pela redução de alunos por sala de aula. Abertura de concursos para suprir a demanda de profissionais de educação. Incorporação de todos os terceirizados e conveniados pela prefeitura;

— Eleição dos diretores e diretoras das escolas municipais pela comunidade escolar;

— Educação sexual nas escolas para que as crianças e jovens possam se proteger;

— Política permanente de combate ao racismo, machismo, LGBTfobia e xenofobia nas escolas, construída de forma transversal e em diálogo com a comunidade escolar, inclusive responsáveis;

— Fortalecimento dos Conselhos Escolares e da Gestão Democrática, buscando maior diálogo, participação e controle pela comunidade escolar;

— Não ao Ensino à Distância nas escolas municipais;

— Apoiar a luta dos profissionais de educação e estudantes contra o Novo Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

3. SAÚDE

O município de São Gonçalo possui um único hospital público de alta complexidade, o Hospital do Câncer e do Coração. A estratégia de saúde da família não chega a todos os bairros. Muitas das unidades de saúde no município são geridas por Organizações Sociais (OS’s), que prestam embolsam o dinheiro do contribuinte e, em troca, oferecem um péssimo serviço à população. Boa parte dos trabalhadores do setor possui vínculo de trabalho precário, como terceirizações, RPA ou contratos temporários.

Em março deste ano, uma operação da Polícia Federal tornou público um escândalo envolvendo uma dessas OS’s, investigada por favorecer empresas ligadas aos secretários de saúde. A investigação (ainda em curso) indica possíveis irregularidades nas relações contratuais, como pessoalidade e superfaturamento.

É preciso parar de dar o dinheiro suado do contribuinte, em sua maioria trabalhadores pobres, para os grandes empresário vinculados às OS’s, que, além de tudo, oferecem serviço de péssima qualidade à população. Defendemos:

— Fora Organizações Sociais de Saúde de São Gonçalo. Nossas unidades de saúde tem que ser administradas de forma direta pelo município, apoiado nos trabalhadores organizados em conselhos populares;

— Efetivação dos profissionais de saúde do município que hoje têm vínculos de trabalho precário, como terceirizações, OS’s e contratos temporários;

— Garantia de pagamento do piso nacional para profissionais de enfermagem demais profissionais de saúde;

— Garantia de saúde para mulheres, negros e LGBTs principalmente para homens e mulheres trans com equipes de várias especialidades;

— Ampliar as campanhas de vacinação, com conscientização inclusive nas escolas;

— Farmácias com oferta de medicamentos gratuitos em todas as unidades básicas de saúde;

— Construção de um hospital veterinário municipal em São Gonçalo e campanhas permanentes de vacinação animal, inclusive voltadas aos animais de rua.

4. TRANSPORTE

O transporte público em São Gonçalo é um caos. O Consórcio São Gonçalo exerce seu lobby sobre todas últimas gestões da prefeitura e presta um péssimo serviço à população. São rotas que não atendem a necessidade de todos os bairros, fazendo que muitos trabalhadores tenham que pegar mais de uma condução para chegar ao trabalho ou para voltar para casa. Ônibus de má qualidade, muitas vezes rodam avariados, sem climatização.

É preciso enfrentar os grandes empresários de transporte do município Defendemos estatização dos transportes sob o controle dos trabalhadores através dos conselhos populares. uma empresa municipal de transporte e investir em transporte público de massas. Defendemos:

— Empresa municipal de transporte público, incluindo legalização do transporte alternativo  controlada pelos trabalhadores e usuários;

— Redução do valor das tarifas, com tarifa zero para desempregados e pessoas em situação de vulnerabilidade;

— Fim da dupla função motorista-cobrador;

— Estudo para redefinição das rotas a fim de atender a necessidade de todos os bairros;

— Projeto de ciclovias integradas para curtos deslocamentos;

— Apoiar a luta dos trabalhadores pela construção da linha 3 do metrô e da estação de barcas em São Gonçalo.

5. EMPREGO E RENDA

Mais de 1/3 da população de São Gonçalo vive com menos de ½ salário mínimo, segundo o IBGE. Quase 35% dos jovens até os 29 anos não tem emprego. Dentre os que têm ocupação, 32% se declararam como autônomos informais, ou seja, possuem vínculos precários, sem nenhuma segurança trabalhista[3].

— É preciso um plano municipal de obras públicas, que vai, ao mesmo tempo, gerar empregos e construir creches, postos de saúde, moradias, saneamento e prevenção a desastres climáticos;

— Esse plano precisa ser construído junto com a classe trabalhadora, organizada através de conselhos populares e executado por uma empresa municipal de obras públicas;

— Lutar pela redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, sem redução de salário. Proibir demissões injustificadas;

— Renda básica emergencial de 1 salário mínimo para trabalhadores que estiverem desempregados;

— Esses trabalhadores têm que ter isenção das taxas de água e luz e suspensão de qualquer forma de despejo e passe livre no transporte público;

— Convocação dos aprovados nos concursos municipais das diferentes áreas, ampliação dos concursos e efetivação dos terceirizados.

6. MEIO AMBIENTE E SANEAMENTO

No município de São Gonçalo, 19,6% dos estabelecimentos não possui esgotamento sanitário adequado, de acordo com a pesquisa do Instituto Trata Brasil. Do esgoto coletado, apenas 15% é tratado. Ou seja, a maior parte do esgoto gerado em São Gonçalo acaba sendo lançado, direta ou indiretamente(através das ruas e rios da cidade), sem tratamento na Baía da Guanabara. A parte do esgoto que é adequadamente coletado e tratado é mínima.

Os manguezais, que margeiam a baía e que cumprem um importante papel ambiental de reprodução de espécies, estão em estado visível de degradação, por causa da grande presença de lixo e esgoto. As ilhas da cidade (com destaque para a Ilha das Flores), assim como a Praia das Pedrinhas, que já foram importantes pontos turísticos e de lazer, são pouco frequentados para esses fins em razão da forte presença de lixo e esgoto.

Apenas 34,4%1 das vias públicas são arborizadas, o que contribui para a retenção da energia solar e formação de ilhas de calor nas áreas mais urbanizadas.

São Gonçalo possui 5 Unidades de Conservação (UC): Parque Natural Municipal de São Gonçalo(PNMSG); APA Engenho Pequeno (13 km2); APA de Itaoca (30,9km2); APA Alto do Gaia (5,3 km2); APA Estâncias de Pendotiba (9,3 km2). A maioria delas está associadas à preservação de Mata Atlântica, sendo a de Itaoca relacionada também a preservação de ambiente de mangue. Essas unidades são pouco conhecidas do conjunto da população e quase não são aproveitadas para educação ambiental.

O capitalismo está mergulhando o mundo em uma catástrofe climática. Combater a destruição ambiental e conter a catástrofe deve ser uma prioridade em todas as esferas de governo. Defendemos:

— Grande programa de obras públicas (com uma empresa municipal de obras) para que 100% do esgoto seja coletado e tratado;

— Emissário submarino para que o esgoto (já tratado) seja despejado em alto mar, longe das áreas costeiras e estuarinas;

— Programa de revitalização e despoluição da Baía da Guanabara. Este programa deve ter uma abrangência estadual ou mesmo federal, mas, certamente, o poder municipal pode e deve exercer um papel ativo;

— Realizar um estudo para dimensionar a demanda de guardas florestais e funcionários gerais para administração e manutenção das UC’s do município e realização de concurso público para sua contratação, com critérios que privilegiem a contratação de pessoal local;

— Parceria com IFF (Campus São Gonçalo) e a UERJ-FFP para construção de programas de educação ambiental vinculados às UC’s, com critérios técnico-científicos;

— Demandar estudo junto ao IBAMA e ICM-Bio para detectar a necessidade de novas UC’s no município;

— Dragagem de desassoreamento dos rios da região e programa de recomposição da mata ciliar dos rios não canalizados (especialmente o Rio Alcântara);

— Investimento em transporte público de massas não rodoviário, como barcas e metrô;

— Ampliação do sistema de alerta a desastres naturais, como enchentes e deslizamentos, associado à ampliação da rede de estações meteorológicas e monitoramento permanente dos rios Alcântara e Guaxindiba;

— Mapeamento dos riscos associados a desastres naturais em todos os espaços urbanos, a partir de critérios técnicos e da escuta da comunidade;

— Construção um plano de evacuação em eventos extremos, com orientações claras para que as pessoas saibam para onde se deslocar com segurança e quais medidas adotar durante esses eventos;

— Programa de treinamento da população local das áreas de risco, que oriente a forma correta de interpretar os alertas, reagir em caso de emergência e pontos de abrigo existentes;

— Integração das escolas e unidades de saúde ao sistema de resposta a eventos extremos.

7. COMBATE AO MACHISMO E À LGBTFOBIA

O Dossiê de LGBTIfobia Letal denunciou que durante o ano de 2023 ocorreram 230 mortes LGBT de forma violenta no país. Dessas mortes 184 foram assassinatos. Ou seja, o Brasil matou um LGBT a cada 38 horas no ano de 2023.

A violência contra a mulher também segue avançando. Ao todo, foram registradas 3.181 mulheres vítimas de violência, representando um aumento de 22,04% em relação a 2022. Os dados monitorados pelo Relatório “Elas Vivem: Liberdade de ser e viver”, publicação da Rede de Observatórios da Segurança, apontaram 586 vítimas de feminicídios. Isso significa dizer que, a cada 15 horas, uma mulher morreu em razão do gênero, majoritariamente pelas mãos de parceiros ou ex-parceiros (72,7%).

O Painel do Relatório de Transparência Salarial aponta que s mulheres ganham 19,4% a menos que os homens no Brasil, demonstrando que a igualdade salarial não é uma realidade para mulheres trabalhadoras. A taxa de desemprego da população LGBTQIAP+ chegava a 40%, elevando-se a 70% no subgrupo de transexuais e travestis, contra 14% da população em geral.

Em meio a este cenário, a extrema direita tenta retroceder ainda mais os direitos reprodutivos com o bizarro PL 1904, que ficou conhecido como PL do estupro. O projeto propõe a proibição do aborto a partir de 22 semanas de gestação, mesmo nas situações atualmente previstas por lei (estupro, anencefalia ou risco de morte para a gestante). Além disso, eleva a pena de prisão para mulheres que realizarem o procedimento para até 20 anos. Para se ter uma idéia do absurdo, a pena máxima para o crime de estupro hoje é de 10 anos.

O combate às opressões é uma prioridade no programa socialista. Precisamos combater as ideologias que dividem a classe trabalhadora, ao mesmo tempo, avançar em condições materiais para esses seguimentos. Defendemos:

— Aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha: campanhas contra a violência machista e LGBTfóbica, mais delegacias especializadas (24h por dia e 7 dias por semana), casas abrigo e assistência psicossocial e jurídica para as vítimas de violência;

— Avançar no combate à dupla jornada de trabalho: lavanderias públicas, restaurantes comunitários e centro de atenção aos idosos, garantidos pela prefeitura;

— Lutar pela igualdade salarial entre mulheres e homens;

— Lutar pelo direito à maternidade/paternidade digna: ampliação da licença maternidade e paternidade, com estabilidade no emprego e auxílio para as mães desempregadas, creches e escola em tempo integral para todos os filhos e filhas das mulheres trabalhadoras;

— Não ao PL 1904! Descriminalização e legalização do aborto: educação sexual para decidir, contraceptivos para não engravidar, aborto legal, seguro e gratuito para não morrer, fortalecer os serviços de assistência ao aborto legal;

— Combate à LGBTfobia e ao machismo como tema transversal nas escolas do município.

8. VIOLÊNCIA E COMBATE AO RACISMO

Os governos capitalistas que são a favor da manutenção da desigualdade, da exploração dos trabalhadores, que aplicam o projeto neoliberal que usa a maior parte do dinheiro público a favor dos ricos, bilionários, dos burgueses, propõe  segurança das armas ,com mais polícia na rua. Nós socialistas consideramos que a solução é garantir emprego, salários, boa educação, saúde etc. A má qualidade de vida, desemprego, péssimos salários, falta de educação e saúde é a raíz da violência. Polícia na rua só aumenta a violência com morte de pobres nas comunidades e de policiais que vêm da classe pobre e trabalhadora em sua grande maioria.

A Polícia Militar do Rio é a que mais mata e a que mais morre no país. E o 7o Batalhão de Polícia Militar em São Gonçalo é o que mais mata no estado.Esse mesmo batalhão foi responsável pelo assassinato de Patrícia Aciolli 14 anos atrás. Em 2017, mais da metade do batalhão foi indicado por facilitar as ações do tráfico na cidade.

O caso do menino João Pedro, assassinado enquanto brincava com os primos no complexo do Salgueiro em 2020, virou símbolo da violência policial e racista. Recentemente, os policiais envolvidos na operação foram absolvidos pela justiça.

Essa chamada guerra às drogas só tem servido para matar e corromper policiais e massacrar pretos pobres nas periferias e favelas. Não diminui a violência ! O uso abusivo de drogas não é um caso de polícia e sim de saúde pública. Dependente químico precisa de tratamento e não de tiro da polícia.

Defendemos um programa socialista para a segurança pública:

— Pelo fim do encarceramento em massa e da criminalização da juventude negra;

— Travar um debate na sociedade pela desmilitarização das polícias. Precisamos de uma polícia comunitária, com comando eleito pelos moradores de cada bairro e comunidade e com mandatos revogáveis;

— Legalizar e descriminalizar as drogas para pôr fim ao tráfico e à criminalização da juventude pobre. Tratar o consumo de drogas como uma questão de saúde pública;

— Pelo direito pleno de sindicalização para a polícia e a guarda municipal. Pelo direito do policial/guarda se recusar a cumprir ordens superiores que violem os direitos humanos;

— A guarda municipal não pode ser usada para reprimir trabalhadores e movimentos sociais.

9. CULTURA E ARTE

O município de São Gonçalo, com seus quase 250 mil km² de extensão 900 mil residentes, possui apenas 5 equipamentos culturais municipais: o Teatro Municipal de São Gonçalo (Centro), a Lona Cultural Lídia Maria da Silva (Jardim Catarina), Centro de Tradições Nordestinas (Neves), o Centro Cultural Joaquim Lavoura (Estrela do Norte) e a Casa das Artes (Zé Garoto). Aqui, há apenas dois cinemas (dentro de shoppings) e uma única biblioteca pública (Genebaldo Rosa, no Mutondo).

O povo trabalhador de São Gonçalo também precisa de cultura e arte sob controle dos trabalhadores. Defendemos:

— Apoio às rádios comunitárias, tradição em nossa cidade, e incentivo à construção de cineclubes;

— Construção de pelo menos uma biblioteca municipal por distrito;

— Salas de cinema e teatro em todos os distritos, apoio à construção de cineclubes,;

— Valorização das bibliotecas escolares. Concurso público para bibliotecário de modo que haja 1 bibliotecário por turno;

— Construção de editora municipal, em parceria com a UERJ-FFP, que valorize prioritariamente a produção literária de São Gonçalo.

10. VERBAS PÚBLICAS PARA AS POLÍTICAS PÚBLICAS

O PIB per capita de São Gonçalo está em R$ 18.504,81 (IBGE 2021). Isso representa o valor de verba para cada pessoa da população. Dinheiro tem mas o dinheiro não está sob o controle dos trabalhadores.

O PSTU é contrário a toda essa situação e defende o não pagamento das falsas dívidas públicas de São Gonçalo com os banqueiros. Aumento de impostos para os grandes empresários e redução para os trabalhadores. Expropriação dos grandes grupos econômicos! Financiamento e organização de verbas sob o controle dos trabalhadores e dos conselhos populares para garantir as necessidades dos trabalhadores.

10. CONSELHOS POPULARES:

A cidade de São Gonçalo, o Estado do Rio de Janeiro, o Brasil, o sistema capitalista têm uma divida com os trabalhadores! Há uma profunda insatisfação das massas com os governos e o regime e nesse contexto um enorme anseio de mudanças profundas na sociedade e nas cidades.

Mas para isso é preciso uma alternativa aos patrões e seus aliados nos governos municipal de Nelson Ruas, estadual de Cláudio Castro, federal de Lula e, mais ainda contra a ultradireita pois nenhum deles defendem os trabalhadores mas sim os interesses dos grandes empresários, dos ricos e poderosos

Os trabalhadores só podem confiar em sua própria força, sua organização e mobilização é preciso fortalecer uma alternativa que se coloque como Oposição de Esquerda, Socialista e Revolucionária.

O PSTU defende uma política que atenda às necessidades da população e que a população de fato exerça o poder político na cidade através da formação de Conselhos Populares com políticas públicas que vão transformar a realidade da cidade.

11. EM DEFESA DO SOCIALISMO E NÃO À CONCILIAÇÃO DE CLASSES

Nenhuma confiança em candidaturas e partidos que dizem defender os trabalhadores mas que na prática conciliam com as políticas e interesses dos grandes empresários, dos governos e corruptos.

Diz o dito popular que “quem paga a banda, escolhe a música”. Por isso, o PSTU é partido independente dos governos e empresários, que se auto sustenta através das contribuições voluntária de seus militantes e simpatizantes.

Defendemos e vamos fazer junto com os trabalhadores e trabalhadoras uma revolução socialista na cidade, no Brasil e em todo mundo para juntos para garantirmos o atendimento das necessidades dos trabalhadores e das trabalhadoras num mundo sem fronteiras, um mundo socialista.