Eleição 2024: Programa do PSTU para a cidade de São Paulo

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A eleição está em curso e, na maior cidade do país, 10 candidatos disputam a prefeitura. São 10 alternativas diferentes, mas somente nosso partido e a nossa candidatura não se propõe a administrar a desigualdade social, racial e de gênero em seus diversos níveis. Acreditamos que a classe trabalhadora merece muito mais. É preciso voltar a sonhar com um mundo justo, no qual quem trabalha também governa.

O programa do PSTU é radical porque defende resolver os problemas do povo trabalhador atacando a raiz que os causa: o sistema capitalista e seus beneficiários, os burgueses.

Ricardo Nunes (MDB) é o prefeito da cidade e busca a reeleição após um mandato marcado por privatizações que vão de escolas e hospitais, até o saneamento e o serviço funerário. É apoiado por Bolsonaro e um defensor dos grandes empresários. Nunes não anda sozinho na raia da extrema direita, disputa com o coach-empresário Pablo Marçal que saltou nas intenções de votos defendendo um programa ultraliberal e conservador, deslocando um setor do Bolsonarismo. O programa que encontrarão nas páginas dessa cartilha é, entre outras coisas, uma arma para enfrentar essa extrema direita reacionária.

Mas, diferente do PSOL e do PT, defendemos fazer isso preservando a independência da classe dos trabalhadores. Somos oposição de esquerda à Lula e nessas páginas encontrarão um programa radicalmente diferente daquele que apresentou Boulos em seu programa de governo. Boulos busca se apresentar como uma alternativa viável para administrar a metrópole paulistana a serviço dos interesses da burguesia, por isso em 40 páginas de projeto, não cita uma única vez a palavra privatização. Quando fala sobre elas, é para defender a manutenção dos serviços privatizados e transformar a prefeitura em uma grande agência fiscalizadora. Boulos chegou ao ponto de incorporar em sua equipe de programa um ex-comandante da Rota e defender dobrar a Guarda Municipal que cumpre hoje o papel de polícia para reprimir a população pobre e negra da cidade.

A candidatura de Altino e Silvana, um trabalhador metroviário, ex-presidente do sindicato da sua categoria, preso político nas jornadas de junho de 2013 e demitido político por Tarcísio por lutar contra as privatizações e uma mulher negra, LGBT, que mora numa ocupação e é ativista da luta por moradia é a cara que temos para expressar um programa que enfrente os bilionários capitalistas para o povo trabalhador ter vez e voz.

O conteúdo desse programa foi uma elaboração coletiva da militância do PSTU na cidade, que formou comissão e discutiu coletivamente as propostas que apresentamos a seguir.

Chamamos cada trabalhador, jovem, mulher, negro, LGBTI, indígena e todos aqueles que sofrem as mazelas desse sistema de exploração e opressão a conhecer esse programa e defendê-lo junto conosco. Não teremos o dinheiro e o espaço das grandes candidaturas alinhadas aos poderosos. Mas contamos com um projeto justo, revolucionário e socialista e o seu apoio para levar essa campanha à frente.

Boa leitura!

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