CSP-Conlutas e Intersindical lançam manifesto: Contra as ameaças golpistas de Bolsonaro e por eleições livres
O desespero diante de uma derrota eleitoral e a possibilidade de ser preso após o pleito fizeram com que Bolsonaro e sua base política subissem o tom das ameaças golpistas no último período.
Convocam manifestações de caráter golpista para 7 de setembro. Pediram fiscalização urgente do código-fonte das urnas eletrônicas. Bolsonaro se reuniu com embaixadores estrangeiros para atacar as instituições do país e questionar o sistema eleitoral.
Por meio de desinformação e notícias falsas, as fake news, questiona o sistema eleitoral, o mesmo pelo qual foi eleito vereador, deputado federal, e inclusive presidente. Bolsonaro nunca havia questionado qualquer indício de fraude.
O que pretende agora é tumultuar o processo eleitoral com o objetivo de não aceitar os resultados, em caso de derrota.
Somam-se a tais fatos episódios cada vez mais frequentes de violência política.
É urgente dar resposta: Isso é golpe!
Defender as liberdades democráticas
A classe trabalhadora deve enfrentar também os ataques do governo genocida às liberdades democráticas.
Tivemos milhares de trabalhadores perseguidos, demitidos, presos, torturados e mortos durante a ditadura militar brasileira simplesmente por lutar por seus direitos, salários e empregos, e contra a repressão.
Portanto, garantir as liberdades democráticas é um dever da nossa classe. É o que garante nossos direitos de liberdade de expressão, manifestação, organização e de greve.
A onda de greves operárias que ocorreram ao final dos anos de 1970 e primeira metade dos anos de 1980 cumpriram papel decisivo para o enfraquecimento e derrubada da ditadura militar brasileira, ditadura essa patrocinada pelo grande capital.
Assim como a histórica greve dos metalúrgicos na CSN, em 1988, que enfrentou tanques do Exército, em que foram mortos três operários: William, Walmir e Barroso. A indignação contra a violência como foi tratada a justa luta dos trabalhadores causou mudança nos resultados eleitorais municipais daquele ano.
Unir forças da nossa classe
Diversos setores da sociedade vêm se manifestando em defesa da democracia. As trabalhadoras e trabalhadores estão presentes nesta importante luta.
Vamos participar desta mobilização nacional mantendo a independência política e os interesses da classe trabalhadora que são antagônicos a muitos daqueles que tem lançado manifestos, como entidades patronais, nossos algozes na vida cotidiana.
À nossa classe interessa defender as liberdades democráticas conquistadas através de muita luta e avançar no enfrentamento contra a superexploração dos trabalhadores neste regime e sistema. Lutamos por uma sociedade sem exploração e opressão, uma sociedade socialista.
Nós que construímos a riqueza do país e lidamos no dia a dia com injustiças sociais, sabemos que é na luta que garantiremos os direitos democráticos ameaçados.
Por isso, nos somamos às iniciativas de organização da luta classista junto ao conjunto das trabalhadoras e trabalhadores e suas organizações nos locais de trabalho e nas ruas contra as ameaças golpistas. Precisamos defender as liberdades democráticas e combater a precarização e exploração no trabalho. E ao persistirem as ameaças devemos preparar uma greve geral para impedir esta aventura golpista.
Vamos às ruas nesta quinta-feira, 11 de agosto
– Ditadura nunca mais!
– Fora Bolsonaro!
– Derrotá-lo nas urnas e nas ruas!
– Eleições livres. Abaixo as ameaças golpistas de Bolsonaro!