Declarações

Contra os ataques de Bolsonaro e da extrema direita ao PSTU por defender o povo Palestino

Direção Nacional do PSTU

27 de setembro de 2024
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A deputada Carla Zambelli, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o site de extrema direita Brasil Paralelo, entre outros, estão acusando o PSTU de apoiar um genocídio em Israel e de antissemitismo. A partir disso, recebemos várias ameaças contra a integridade física de nossos filiados.

É o mesmo tipo de ataques recebidos por todos e todas que levantam suas vozes em defesa do povo palestino. Foi o caso do jornalista Breno Altman, e de vários outros ativistas.

Não podemos aceitar que qualquer crítica ao Estado de Israel e suas políticas de opressão contra o povo palestino sejam chamadas de antissemitismo. Denunciar o Estado de Israel não equivale a se opôr aos judeus ou ao  judaísmo. O Estado de Israel e a ideologia que o justifica, o sionismo, não são equivalentes ao judaísmo. O Estado de Israel procura se apresentar como representante de todos os judeus, mas isso não é verdade. Cada vez mais judeus em todo o mundo se levantam para dizer “Não em nosso nome” e “Holocausto nunca mais, para mais ninguém”. É o caso de organizações como o Vozes Judaicas pela Libertação aqui do Brasil, do Jewish Voices for Peace e If Not Now dos Estados Unidos. Por isso dizemos que defender o povo palestino e criticar Israel não é antissemitismo.

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Antissionismo não é antissemitismo

Também é preciso deixar nítido que o Genocídio que ocorre na Palestina, é o genocídio feito pelo Estado de Israel, e pelas tropas israelenses contra o povo Palestino. As imagens de Gaza destruída com mais de 50 mil mortos, os bombardeios contra hospitais, escolas, campos de refugiados são provas do genocídio em curso. E é por causa desse genocídio, que o Estado de Israel está no banco dos réus da Corte Internacional de Justiça, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade que são efetuados conscientemente pelos líderes israelenses, e por isso constituem crimes de Genocídio conforme as Convenções de Genebra.

Não podemos nos calar. Temos que continuar ao lado do povo palestino e fazemos um chamado a todas as organizações democráticas a rejeitar as ameaças que vêm da extrema direita para silenciar as vozes em defesa dos palestinos.