BA: Trabalhadores da Educação de Feira de Santana mantém a greve
PSTU-BA
Em assembleia realizada na manhã, de hoje (4/4), os trabalhadores da educação de Feira de Santana, na Bahia, decidiram manter a greve iniciada na última quinta-feira, dia 31.
Os trabalhadores reivindicam o pagamento dos 60% dos Precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef); reajuste salarial de 33,23%, referente ao Piso Nacional do Magistério; alteração de carga horária de 20 horas para 40 horas; reformulação do Plano de Carreira; Licença Prêmio e Pecúnia; mudança de Referência; e pagamento integral dos salários.
O prefeito Colbert Martins (MDB) não tem atendido as reivindicações e se nega a negociar. A política do prefeito tem sido o autoritarismo e a truculência. Os professores foram violentamente agredidos pela Guarda Municipal na quinta-feira, dia 31, e na sexta-feira, dia 1º. Assista ao vídeo abaixo:
A violência contra os professores repercutiu na internet e na imprensa baiana. Na sexta-feira, os professores que ocupavam o prédio da prefeitura deixaram o local, mas a greve continua.
Depois da assembleia de hoje, os trabalhadores em educação da rede municipal de Feira de Santana foram, em caminhada, até a delegacia registrar Boletim de Ocorrência contra as agressões sofridas.
O PSTU está ao lado dos trabalhadores em educação de Feira de Santana. Reafirmamos nosso apoio e solidariedade. Repudiamos a agressão realizada pela Guarda Municipal a mando do prefeito Colbert Martins. Nenhum passo atrás na luta por direitos!
Rui Costa (PT): pague o Piso!
Muitos prefeitos e governadores, em todo o país, não querem cumpri a Lei do Piso do Magistério e garantir o reajuste salarial de 33,23%. Não está sendo diferente na Bahia. Assim como o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB), o governador Rui Costa (PT) também não cumpre a lei.
“Sejam governos da direita ou da falsa esquerda, como Rui Costa do PT, não querem cumprir com a Lei e desrespeitam os trabalhadores da educação. É preciso unificar todas as lutas que estão acontecendo dos trabalhadores da educação de diversos municípios baianos com os trabalhadores da educação da rede estadual. Isso fortalecerá as mobilizações e aumentará as chances de vitória”, diz Milena Oliveira, professora e militante do PSTU.
“Infelizmente, a APLB-Sindicato, que deveria cumprir esse papel, tornou-se uma entidade governista, burocraticamente dirigida pelo PCdoB. Hoje, para conseguir arrancar conquistas, os trabalhadores da educação precisam se enfrentar com os governos e com a burocracia que está à frente do Sindicato. Mas os professores de Feira de Santana estão apontando o caminho. Com organização de base, podemos virar esse jogo”, finaliza Milena.