RS: As chuvas se repetem e afetam os trabalhadores
Imediata assistência aos atingidos, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução das residências e locais destruídos!
Chove no Rio Grande do Sul desde sábado, 27 de abril. Já são 154 municípios atingidos, pontes caídas, alagamentos, deslizamento de encostas, estradas bloqueadas. A região tem 10.242 pessoas desalojadas, 4.645 em abrigos, 36 pessoas feridas, 60 estão desaparecidas e 29 mortes foram registradas. A estimativa é que 71.306 moradores tenham sido afetados pelas fortes chuvas. Os dados foram atualizados hoje (3/5) à noite pela Defesa Civil.
Ainda de acordo com boletim da Defesa Civil, mais de 500 mil pessoas estão sem água no Rio Grande do Sul. Ao menos 270 mil pontos sofrem também com a falta de energia. 86 municípios estão sem serviço de telefonia e internet da operadora Tim, 52 da Vivo e 42 da Claro.
É o terceiro período de fortes chuvas desde o ano passado. Em novembro de 2023 foram 5 mortes e, em setembro; 50. Isso está relacionado às péssimas condições de moradia do povo pobre e trabalhador, que moram em casas localizadas em terrenos movediços, regiões de transbordamentos de córregos.
As vítimas se repetem, muitas já tiveram suas casas, carros, pequenos negócios inundados, soterrados pela terceira vez em poucos meses. E, pior, são os mesmos que choram os seus familiares e vizinhos mortos. Tragédias que poderiam ser evitadas se houvesse política preventiva ao invés de tanta especulação imobiliária.
Atualmente, em Porto Alegre, são 101.013 imóveis desocupados. Destes, somente 5.500 para alugar, a reserva é pensada para encarecer o valor de compra e os aluguéis. Ainda, o número de áreas de risco cresceu 19% nos últimos anos. São 142 pontos, sendo que 51 são considerados de grau muito alto e ali vivem 84 mil pessoas.
É verdade que a crise climática tem piorado, por culpa dos capitalistas que exploram a natureza. Mas, também é verdade, que os governantes nada fazem. Eles justificam as desgraças a partir das chuvas, porém, em tempos normais, não são capazes de dar condições dignas de moradia à população. Isso significaria questionar o poder dos capitalistas que financiam as suas campanhas eleitorais.
A aquisição da casa própria é um sonho que só se realiza com muita dificuldade, e muito se deve à especulação imobiliária. Para se ter uma ideia, o metro quadrado para compra no bairro Partenon custa R$ 4.500,00, sendo que o salário mínimo é de R$ 1.412,00, e temos a terceira cesta básica mais cara do país.
— Imediata assistência aos atingidos, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução das residências e locais destruídos!
— Zerar o déficit habitacional, expropriar os imóveis dos grandes capitalistas, usados para a especulação imobiliária!
