RJ: Servidores resistem ao fatiamento e privatização do Hospital Federal Bonsucesso
Não à repressão do governo Lula (PT) e de Cláudio Castro (PL)! Lutar é um direito!
O Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), que atualmente é gerido diretamente pela administração federal, está em processo de transferência ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC), uma empresa que, embora pública, tem implementado políticas de gestão que favorecem a terceirização de atividades-fim e a substituição dos servidores públicos por trabalhadores contratados sob o regime CLT, precarizando ainda mais a saúde pública.
Importante ressaltar que, a não realização de concursos públicos, a subcontratação e a falta de insumos levaram ao fechamento de setores inteiros do HFB.
Com o GHC administrando o HFB, uma lógica de privatização disfarçada será implementada, com a promessa de uma “melhor gestão” que, na verdade, resulta na precarização das condições de trabalho e na perda de estabilidade dos novos contratados.
O GHC, onde já atua, como em Porto Alegre, impõe medidas antissindicais e ataca os trabalhadores mobilizados, as greves são reprimidas e a direção do GHC adota medidas que prejudicam tanto os trabalhadores quanto os serviços à população.
Governo Lula
Com a entrega do HFB a esse modelo de gestão que foca em cortar custos às custas de direitos trabalhistas e da qualidade do atendimento à população, provavelmente a situação se repetirá aqui no Rio de Janeiro. O GHC, ao assumir a gestão, terá a possibilidade de terceirizar atividades-fim, precarizando ainda mais o trabalho, além de contratar novos funcionários sob o regime CLT, eliminando a estabilidade garantida aos servidores públicos.
Essa é a política imposta pelo governo de frente ampla de Lula e Alckmin para o conjunto do serviço público, através do Arcabouço Fiscal para garantir o pagamento da dívida pública. Nesse sentido, o governo abandona os profissionais de saúde, enquanto avança com políticas de terceirização e privatização, num ataque direto ao orçamento da saúde, que está sendo desviado para os bancos, enquanto os hospitais públicos são entregues ao setor privado, sob o pretexto de “modernização”.
Por isso, a repressão violenta através da Tropa de Choque da Policia Federal em parceria com a Tropa de Choque do governo de Claudio Castro (PL) às tentativas de resistência. O 19 de outubro, fica marcado como o dia em que mais de 50 policiais, incluindo agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da Polícia Federal, invadiram o hospital durante a madrugada, retirando à força sete trabalhadoras que ocupavam pacificamente o gabinete da direção em protesto contra a entrega do hospital ao GHC.
Os servidores do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro estão dando um exemplo de luta, unidade e resistência em defesa de seus direitos e da Saúde Pública. O PSTU e a CSP-Conlutas apoiam a luta dos servidores!
— Todo apoio à greve dos servidores e servidoras do HFB! Não à repressão de Lula e Castro! Lutar é um direito!
— Em defesa do HFB, da Saúde Pública e por um SUS 100% público e estatal, que atenda a todas/os e fundamentalmente importante e necessário, para a população negra e pobre periférica e favelada da nossa classe. Portanto esta não é uma luta somente dos trabalhadores/servidores, mas de toda a população;
— Não ao fatiamento e privatização dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro e do SUS! O SUS e a Saúde não são mercadorias, não se compra e não se vende!
— Repudiamos os ataques da PM agredindo servidores e militantes que protestavam contra esta ação criminosa para privatizar a saúde pública.
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