Lutas

Basta de criminalização e perseguição: solidariedade aos professores (as) Gelta Xavier, Wagner Miquéias e Rodrigo Castelo

Em moções, a CSP-Conlutas se solidariza com a professora e dois professores que vêm sendo perseguidos após a greve na educação federal. Basta de criminalização e perseguição aos lutadores!

CSP Conlutas, Central Sindical e Popular

18 de outubro de 2024
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Depois da poderosa greve da educação federal do primeiro semestre deste ano, iniciou-se um processo de perseguição a alguns docentes grevistas, em uma clara tentativa de intimidação aos ativistas que se envolveram na construção da mobilização nacional nas universidades federais.

Neste momento, a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e a Universidade Federal Fluminense (UFF) abriram processo de investigação contra os docentes Wagner Miquéias (UNIRIO) e Rodrigo Castelo (Presidente da ADUNIRIO) e contra a docente Gelta Xavier (UFF).

As acusações contra os três ativistas são muito semelhantes: de que foram responsáveis pela interrupção de uma aula durante uma atividade de greve. Gelta Xavier é acusada de entrar, sem autorização, numa aula na faculdade de veterinária da UFF para distribuir panfletos e apresentar a pauta da greve. Wagner Miquéias e Rodrigo Castelo são acusados de coagir uma professora a interromper a aplicação de uma prova durante a greve.

Nos dois casos, os companheiros docentes estavam simplesmente realizando uma atividade tradicional, deliberada pelos comandos de greve, de buscar o diálogo com o conjunto da comunidade universitária para buscar fortalecer o processo de mobilização, que defendia a valorização dos servidores da educação federal e a defesa da universidade pública.

Na UNIRIO, Wagner e Rodrigo foram procurados pelo comando de greve estudantil para buscar um diálogo com a professora sobre a aplicação de uma prova durante a greve docente e estudantil deflagrada na universidade. Em nenhum momento houve desrespeito, coação ou intimidação nas abordagens, apenas uma tentativa de diálogo.

É muito grave que tentem criminalizar os ativistas sindicais nas universidades pelo simples fato de realizarem atividades de fortalecimento do legítimo direito de greve dos trabalhadores. Tentar calar a voz dos lutadores com processos administrativos, investigações e processos judiciais é uma prática de regimes autoritários.

A CSP-Conlutas e suas entidades filiadas querem manifestar sua irrestrita solidariedade aos três docentes injustamente criminalizados. Exigimos o arquivamento imediato das investigações contra os companheiros e o fim de qualquer tipo de perseguição aos ativistas da greve da educação federal.

Basta de criminalização e perseguição aos lutadores! Toda solidariedade à professora Gelta Xavier e aos professores Wagner Miquéias e Rodrigo Castelo!

Confira abaixo as moções que foram enviadas pela CSP-Conlutas

Moção Wagner Miquéias clique aqui

Moção Rodrigo Castelo clique aqui

Moção Gelta Xavier clique aqui