Declarações

Niterói (RJ): É voto nulo no segundo turno

Nem Jordy (PL), nem Rodrigo (PDT) são candidatos a favor da classe trabalhadora

PSTU-Niterói

15 de outubro de 2024
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Rodrigo Neves (PDT) e o deputado federal Carlos Jordy (PL) disputam o segundo turno em Niterói

O PSTU está ao lado das lutas dos trabalhadores, dos servidores públicos e da juventude contra os planos de fome, miséria, desemprego, privatização e de retirada de direitos dos governos e dos patrões que aplicam planos econômicos de ajuste fiscal permanente, que cortam verbas da saúde e da educação para financiar o pagamento para os banqueiros de uma suposta dívida publica.

Coerentemente, fizemos no 1º turno uma campanha com o perfil de oposição de esquerda, revolucionária e socialista ao governo da frente ampla de Lula-Alckmin, de Cláudio Castro (PL) no Rio Janeiro  e de Axel Grael (PDT) em Niterói.

Toda a classe trabalhadora foi brutalmente atacada pelo governo Lula-Alckimin com a legalização da uberização, processo de destruição dos poucos direitos que os trabalhadores haviam conquistado historicamente com muita luta. Sequer sinalizam o fim da escala 6×1, a redução da carga horária e um salário mínimo que permita os direitos mais básicos.

A não revogação do Novo Ensino Médio (NEM) e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) rouba conhecimento cientifico dos estudantes facilitando a privatização e desmoralização dos profissionais de educação.

A rede privada de educação em Niterói já é maior que a rede pública. O NEM, a BNCC e a desocupação violenta da UERJ mostram a união entre a frente ampla e a ultradireita para atacar trabalhadores.

Além disso, todos governos não combatem o machismo, o racismo e a LGBTfobia que violenta e mata todos os dias mulheres, negros e jovens em todo o país.

2º turno

Assim como fizemos no 1º turno, o PSTU seguirá enfrentando com independência de classe os dois campos burgueses: o da frente ampla – que incorpora a maioria das direções do movimento e o da direita (extrema ou tradicional).

É preciso fazer oposição contra os governos e contra os dois campos burgueses, apresentar um programa revolucionário, combater a colaboração de classes, defender a independência de classe e construir uma alternativa revolucionária.

Agora, em Niterói temos Rodrigo Neves (PDT), um partido burguês e patronal, que representa o grupo capitalista que dirige a cidade há décadas, desde Jorge Roberto Silveira (1989) e está envolvido com a frente ampla e que até agora no governo federal não garantiu nenhuma reivindicação central dos trabalhadores. Uma frente amplíssima, que aqui em Niterói, inclui partidos da “direita tradicional”, como o MDB, de Michel Temer, e da extrema direita, como o União Brasil, formado da fusão do DEM e o PSL (partido que Bolsonaro foi eleito). Uma frente que ameaça com a reforma Administrativa, que irá tirar a estabilidade no emprego dos funcionários públicos, e além disso acena com uma nova reforma da Previdência atacando aposentadorias.

Não podemos esquecer que Rodrigo Neves foi o responsável pela desocupação do Prédio da Caixa para garantir os interesses da especulação imobiliária deixando as famílias sem moradia, situação que se agravou. Atualmente, são cerca de 15 mil famílias sem moradia na cidade, enquanto existem 30 mil imóveis vagos e 60 mil imóveis inadimplentes na cidade, a maioria em áreas nobres. Ele manteve o avanço da privatização da saúde com as Organizações Sociais (OSs).

Rodrigo representa também a continuidade de Axel Grael, que já aplicou demissão de profissionais de educação concursados. Sua política de desemprego não avançou graças a mobilização da categoria. Nessa mobilização, Danielle Bornia do nosso partido, o PSTU, era a única candidata presente. Rodrigo Neves e Axel Grael encarnam um continuísmo burguês patronal que não representa os trabalhadores.

No movimento estudantil na UFF, as juventudes da frente ampla ou apoiam abertamente a reitoria ou o fazem escondido. Na última ocupação, abriram mão até mesmo de reivindicar uma série de necessidades associadas à assistência estudantil e direitos dos trabalhadores terceirizados rumo ao fim da terceirização. Com Lula, as direções que fazem parte da frente ampla aceitaram o reajuste zero para os técnicos e docentes.

Jordy (PL), por outro lado, representa a ultradireita de Cláudio Castro e do um bolsonarismo, pois a maioria dos candidatos desse campo procuraram se afastar da figura do ex-presidente. No entanto, fazemos questão de lembrar: Jordy defende abertamente escolas militarizadas e a privatização como modelo. Seu grupo político promove a violência racista, machista e LGBTfóbica, destilando fake news. O aumento dos moradores de rua na cidade, ele quer resolver expulsando-os  para municípios vizinhos. Jordy também é uma candidatura burguesa neoliberal a favor de financiamento público zero para os trabalhadores e 100% para os ricos, burgueses, bilionários. Não representa os trabalhadores.

Essas eleições, assim como as anteriores, não irão trazer as mudanças necessárias para os trabalhadores. Melhorias são conquistadas nas lutas rumo à revolução socialista. Assim, o PSTU estará ao lado dos trabalhadores em suas lutas. O PSTU não irá apoiar candidatos de política empresarial, contra a classe trabalhadora, sua organização e suas lutas. Nem Jordy, nem Rodrigo são candidatos a favor da classe trabalhadora.

Um chamado à classe trabalhadora

Chamamos os trabalhadores a não depositarem confiança nestas candidaturas. É preciso organizar uma oposição de esquerda, socialista, de independência de classe e a mobilização dos trabalhadores para enfrentar os bilionários e o sistema capitalista, a ordem democrática burguesa e os governos das três esferas. Pois eles seguirão governando para os bilionários capitalistas, em aliança com partidos burgueses nos limites do Arcabouço Fiscal. Governarão contra os trabalhadores, nossas lutas e os setores oprimidos.

Vão nos atacar como estão fazendo com os trabalhadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com a manutenção do encarceramento em massa, genocídio indígena e a destruição ambiental.

Esses governos não resolverão os gravíssimos problemas sociais e por isso segue sendo necessária a construção de oposição de esquerda e de uma alternativa de independência de classe, revolucionária e socialista.

Vote nulo e venha construir uma oposição de esquerda, revolucionária e socialista. Venha para PSTU!

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