Congonhas (MG): Candidaturas operárias se enfrentam com os bilionários da mineração
A cidade de Congonhas, na região central de Minas Gerais, é um retrato nítido do capitalismo decadente. Sua população sofre as consequências da mineração predatória que explora o trabalho, os recursos minerais e destrói o meio ambiente, a serviço do enriquecimento absurdo de meia dúzias de banqueiros, donos da Vale, CSN, e outras empresas do setor. Aqui prevalece a velha máxima: um lugar (muito) rico, e de povo pobre, sofrido e lutador.
É neste contexto que o PSTU disputa a prefeitura com as candidaturas do Rafael “Duda” (prefeito) e Alípio Santos (vice). Dois operários e lideranças sindicais de larga trajetória nas principais lutas dos (as) operários (as) da mineração e das comunidades atingidas da região.
Alípio é um operário negro e traz consigo anos de experiências dentro das minas enfrentando o assédio, o racismo e as condições precárias nos locais de trabalho. Rafael, o Duda, é hoje presidente licenciado do Sindicato Metabase Inconfidentes, que organiza operários (as) da mineração e se destaca como sendo vanguarda das mais recentes greves e mobilizações operárias e populares da cidade.
Contra os bilionários capitalistas da mineração
Apesar das regras antidemocráticas das eleições, que limita os recursos e espaços frente às demais candidaturas, o PSTU vem usando as tribunas abertas para denunciar a relação parasitária da mineração com a cidade e seu povo, e os coronéis que, aliados com os bilionários da mineração, perpetuam todo o cenário de exploração e destruição por aqui promovido.
“Enfrentamos nestas eleições o atual prefeito bolsonarista Dr. Claúdio (Dinho) do PSD, que ficou marcado pela péssima gestão na pandemia, denúncias de corrupção e defesa dos interesses da família e de seus aliados. Um segundo grupo, também bolsonarista e tradicional na política municipal, organizado na candidatura de Cristhian (PL) de política ultraliberal e claramente alinhado à grande mineração. E a candidatura da Frente Ampla, cujo candidato Anderson Cabido (PSB) aglutina em sua coligação do PSDB ao PT e PSOL, traz um histórico de gestões anteriores que favoreceram os grandes grupos econômicos e não apresentaram soluções para os principais problemas estruturais da cidade”, ressalta Duda.
“Em oposição a estes projetos, defendemos um projeto revolucionário e socialista, de enfrentamento aos bilionários da mineração e aos coronéis da cidade, que busca colocar as decisões sobre os recursos e projetos sobre a cidade nas mãos da classe trabalhadora e do povo pobre por meio da instituição de Conselhos Populares, representativos democráticos e deliberativos, ao mesmo tempo que nos colocamos em oposição de esquerda ao governo Lula e à frente ampla que governa o país de braços dados com os poderosos, e ao bolsonarismo seu projeto de ditatura expressa em várias faces e projetos diferentes”, afirma o candidato do PSTU.
“Em Congonhas também não há meio termo. Ou está dos lados dos poderosos, os está contra eles. E PSTU escolhe mais uma vez o lado da classe trabalhadora”, finaliza Duda.
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