Porto Alegre (RS): Uma campanha socialista que fortalece a luta popular e do povo oprimido
Numa Porto Alegre ainda marcada pelas enchentes de maio, a candidatura de Fabiana Sanguiné tem percorrido escolas, universidades, hospitais, locais de trabalho e bairros, onde continuam visíveis as consequências sentidas por boa parte da população trabalhadora.
O sistema de prevenção ainda não foi reconstruído (as obras mal começaram), escolas e postos de saúde continuam fechados. Quem perdeu a casa ainda espera pelo jogo de empurra entre governo federal e municipal. A prefeitura não encaminha os laudos das moradias atingidas e, por sua vez, o governo federal não aceita laudos encaminhados pelos próprios moradores.
A agilidade só existe para o andar de cima: as grandes empresas já receberam R$ 15 bilhões de auxílio. A Fraport, multinacional favorecida pela privatização do Aeroporto Salgado Filho, abocanhou R$ 425 milhões para reparar os “prejuízos”.
Um descalabro, principalmente quando comparado com os minguados auxílios de R$ 5.100,00 do governo federal ou o aluguel social de R$ 1.677,00, da prefeitura, que sequer chegaram a todos atingidos. O projeto de “reconstrução” deles beneficia grandes construtoras e a especulação imobiliária.
Para garantir reparação total aos trabalhadores e aos micros e pequenos comerciantes é preciso botar para fora o atual prefeito Sebastião Melo (MDB), enfrentar os bilionários da cidade e as três esferas de governo, todos responsáveis pela tragédia vivida. O PSTU defende um plano de obras públicas, estatal e sob controle dos trabalhadores, para atender às necessidades da maioria da população.
Bairro Sarandi: um exemplo de organização e luta!
Este foi um dos bairros mais atingidos. Milhares de pessoas tiveram que se organizar para resgatar moradores e garantir alojamento e alimentação. Depois, foi criada uma Comissão de Fiscalização, que exige dos governos a solução dos problemas e promove assembleias e manifestações. Essa mobilização tem sido exemplo no enfrentamento a Melo, que, depois da tragédia, não teve coragem de dar as caras no bairro.
O PSTU tem sido parte importante dessa luta, ajudando cotidianamente na mobilização. Nossas candidaturas utilizam o pouco espaço na imprensa para divulgá-la. Nossa campanha passa de casa em casa e tem contado com simpatia e apoio dos moradores.
Campanha chega aos quilombos!
No último dia 21, fomos recebidos no Quilombo da Família Silva, o primeiro quilombo urbano titulado no Brasil. Foi mais um momento que emocionou aos que se dedicam à luta contra o racismo e as opressões. Além da excelente roda de conversa, houve festa e confraternização da nossa candidatura coletiva a vereadores anti-opressões – Nikaya e Alexandre. Um grande encontro entre nosso projeto e programa e parte significativa da história de luta do povo preto de nosso país, que começou com Palmares e segue até hoje.
Na reta final, continuar a disputa pela consciência e o voto!
Diferente de outras candidaturas, que se aliam aos grandes empresários e vendem ilusões de que é possível governar para todos, nós dizemos que isso não é verdade. Uma política de submissão e colaboração perpetua o sistema capitalista, aprofunda a desigualdade social e leva à destruição do nosso planeta.
Defendemos um governo socialista, dos trabalhadores e trabalhadoras, apoiado na mobilização e organização popular. Em Porto Alegre, essa defesa está presente na campanha socialista e revolucionária do PSTU.
