Educação

Depois da inaceitável repressão, estudantes voltam a ocupar a UERJ

A mobilização exige a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa 038 (AEDA 038), nomeado 'AEDA da Fome"

Rebeldia - Juventude da Revolução Socialista

20 de agosto de 2024
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O “AEDA da Fome’, imposto arbitrariamente durante as férias do meio do ano, revisou os termos da assistência estudantil | Foto: Coletivo Rebeldia

Na última quinta-feira (15), a reitora Gulnar Azevedo colocou estudantes e trabalhadores da segurança patrimonial em risco ao ordenar que a ocupação fosse retirada à força (vídeo). Depois de recuar para a ocupação na sala da reitoria e ganhar fôlego, os estudantes voltaram a ocupar a universidade nesta segunda (20) para dar prosseguimento à greve estudantil aprovada em assembleia geral como resposta ao AEDA, ato que ataca a assistência estudantil.

A mobilização estudantil na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) exige a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa 038 (AEDA 038), nomeado AEDA da fome porque corta políticas de permanência, implementado pela reitora Gulnar Azevedo e seu vice-reitor, Bruno Deusdará.

O AEDA da fome, imposto arbitrariamente durante as férias do meio do ano, revisou os termos da assistência estudantil da universidade, restringindo ainda mais o acesso da juventude em vulnerabilidade social às políticas de permanência estudantil.

No estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro e seu governo de ultradireita agem de forma a garantir o projeto de sucateamento e desmonte da educação pública — reforçam o subfinanciamento em que a UERJ encontra-se há mais de 10 anos. Enquanto isso, o setor privado enriquece às custas dos mais pobres do estado. Os ataques não param por aí! Nomeado por Cláudio Castro neste ano, Anderson de Moraes é secretário de Ciência e Tecnologia no Rio de Janeiro, o deputado já propôs a extinção e a privatização da universidade.

UERJ sob ataques

A comunidade uerjiana e as categorias que a compõem sofrem com diversos ataques que apenas beneficiam os mais ricos e que aprofundam cada vez mais a barbárie capitalista a que estamos submetidos.

Os trabalhadores terceirizados da empresa Conquista enfrentam atraso salarial mês a mês, os docentes e técnicos da universidade também tiveram seus direitos atacados e auxílios cortados — e seguem na luta pelo pagamento da recomposição salarial.

O que a reitoria de Gulnar faz perante tamanhos absurdos e ataques? Aplica o projeto de Castro na nossa universidade! A reitora assina embaixo e decreta o processo de desmonte da UERJ que abre espaço para projetos de privatização, não enfrenta o governo de ultradireita para que a nossa universidade tenha o orçamento que merece, mas sim ataca os direitos da juventude pobre e trabalhadora. Em detrimento de muitos, escolhe proteger os privilégios de um punhado de ricaços, que cortam cada vez mais da educação.

Diretório Central dos Estudantes (DCE) trai a luta

Desde que foi aprovada a greve em assembleia geral, o DCE tem se articulado no sentido de desmobilizar e desmoralizar a luta, com manobras e calúnias políticas. Apesar dessa entidade, que anda de mãos dados com a reitoria e, portanto, com o projeto do governador Cláudio Castro, os estudantes prosseguem em luta.

Fora, Cláudio Castro!

O atual governador é inimigo dos trabalhadores e provou isso inúmeras vezes com suas operações policiais e as chacinas. Com a venda da Cedae e a utilização do dinheiro para garantir sua reeleição. Atacando os trabalhadores, como foi o caso do achatamento do plano de carreira dos trabalhadores da educação estadual no último ano, que inclusive fizeram greve para responder ao ataque.