Campanha contra privatizações em São Paulo mobiliza trabalhadores para derrotar Tarcísio
O governador bolsonarista de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou uma série de privatizações, dentre elas, das maiores empresas públicas do estado: Metrô, Sabesp (saneamento) e CPTM (trens).
As privatizações de empresas essenciais em São Paulo, que prestam serviços para milhões de trabalhadoras e trabalhadores, são parte de um projeto de espoliação do Estado brasileiro a serviço dos lucros de grandes empresários, muitas vezes estrangeiros. Pouco importa a piora na qualidade e o encarecimento dos serviços prestados ou a perda de riquezas, de direitos e de soberania. O que interessa é aumentar a rapina do nosso patrimônio e encher o bolso de meia dúzia de bilionários.
A aplicação desse projeto não é exclusividade de Tarcísio e do bolsonarismo. Lula segue essa mesma cartilha em seu governo. A lei das Parcerias Público-Privadas (PPPs), que foi aprovada no primeiro governo de Lula, está agora sendo ampliada por Haddad, ministro da Fazenda, e vai facilitar ainda mais as privatizações de empresas e serviços. Neste momento o presidente se prepara para privatizar os metrôs de Recife e Porto Alegre, e já privatizou o de Belo Horizonte. Também não reestatiza empresas essenciais, como a Eletrobras, que, nas mãos do capital privado, causam um verdadeiro prejuízo ao povo brasileiro.
Plebiscito e luta contra as privatizações
O que Tarcísio e os grandes empresários não contavam era com a resistência dos trabalhadores e do povo pobre de São Paulo para enfrentar esse ataque.
Na noite do último dia 5 de setembro aconteceu um ato público organizado pelos sindicatos dos metroviários, dos trabalhadores da Sabesp e da CPTM, juntamente com centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos (o PSTU esteve presente), que contou com a participação de mais de 2 mil ativistas para lançar um plebiscito popular e ouvir a população sobre o que acha das privatizações.
Nas periferias, onde a população carece de serviços básicos e onde uma parte do transporte ferroviário e dos serviços públicos já é privatizada, estão sendo montados vários comitês populares para aplicação do plebiscito. O mesmo está sendo feito em escolas, faculdades e estações de trem e metrô. O PSTU está montando pontos de coleta de votos do plebiscito em portas de várias fábricas do estado.
Categorias realizam greves unitárias para enfrentar privatizações
A pressão dos trabalhadores já obrigou o governador a fazer recuos. A ameaça de uma greve dos metroviários em agosto deste ano obrigou Tarcísio a suspender a terceirização da manutenção da Linha-15 do monotrilho.
Enquanto escrevemos esta matéria, os trabalhadores do Metrô e da CPTM estão se mobilizando para preparar uma greve dos dois setores contra a terceirização de serviços. Parte do calendário comum de luta dos trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp prevê uma greve unificada das três categorias para enfrentar as privatizações.
A unificação das lutas e a ação direta dos trabalhadores são fundamentais para colocar Tarcísio na parede e barrar seu projeto privatista.
Como participar?
É muito importante a participação ativa de todas aquelas e aqueles que compreendem a importância de lutar contra as privatizações de Tarcísio. Você pode montar uma urna no seu local de trabalho, estudo ou moradia; pode montar um comitê de luta contra as privatizações com ativistas ou amigos próximos; ou pode ainda se somar nas atividades de coleta de votos já programadas em várias regiões do estado.
Entre em contato pelas redes sociais do PSTU São Paulo (Instagram e Facebook) e receba o calendário de atividades da campanha ou pegue urnas para realizar o plebiscito em sua comunidade.
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