Fora Ibaneis e Celina Leão! Novas eleições para o Governo do Distrito Federal!
Ibaneis Rocha, fiel aliado de Bolsonaro, foi afastado do Governo do Distrito Federal por 90 dias, decisão mantida pela maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira, 11 de janeiro. Celina Leão, que durante as eleições de 2022, acompanhou Michelle Bolsonaro e a senadora Damares Alves em um movimento denominado “Mulheres com Bolsonaro”, que percorreu o Brasil a fim de conquistar votos do eleitorado feminino, também não pode ocupar o governo do DF. Não podemos depositar nenhuma confiança neste governo, principalmente no momento em que a extrema-direita continua organizada com objetivo de dar um golpe no país.
Os fatos ocorridos no dia 8 de janeiro em Brasília só alcançaram tal gravidade em função da colaboração de Ibaneis, Celina Leão e Anderson Torres, ex-Secretário de Segurança Pública e ex-Ministro da Justiça de Bolsonaro. Todos eles agiram para facilitar a ação dos golpistas na Esplanada dos Ministérios. Ibaneis, desde o ano passado, tem sido conivente com o acampamento dos Bolsonaristas na frente do QG do Exército. Nem mesmo as tentativas de atos terroristas, como as ameaças de bombas e o ataque a sede da Polícia Federal, levaram Ibaneis e colocar fim ao acampamento golpista.
Ibaneis também não fez nada para punir os agentes de segurança pública que, desde o ano passado, tem demonstrado publicamente simpatia e inclusive ajudado os bolsonaristas que montaram acampamento no QG do Exército. O fato de que ninguém foi preso em flagrante no dia do ataque à sede da PF, revela de forma categórica até que ponto as forças policiais do DF colaboram para a permanência dos bolsonaristas, cujo o projeto é desencadear um golpe militar no Brasil.
Ibaneis coloca em risco a vida da população do DF ao facilitar a ação dos golpistas
A cumplicidade de Ibaneis, Celina Leão e Torres poderia ter causado uma tragédia no DF, caso alguns dos ataques terroristas tentados pelos golpistas que se organizaram na frente do QG do Exército tivesse sido consumado. E, diante do risco à população do DF que oferece a permanência de Ibaneis e de Celina Leão no GDF, é preciso tirá-los de forma definitiva do governo do DF.
O afastamento por 90 dias de Ibaneis e a intervenção por 20 dias na Segurança Pública do DF, decretada por Lula, não resolvem a situação. É preciso levar adiante uma política severa de investigação, punição, prisão e desapropriação dos bens de todos os agentes públicos e membros das forças de segurança que colaboraram direta e indiretamente para a ação golpista do dia 8 de janeiro e o ataque à sede da PF.
Ibaneis e Celina Leão, fieis aliados de Bolsonaro, além de serem corresponsáveis pelas ações golpistas, em função de sua conivência, jamais levariam medidas como essas adiante. Pelo contrário, usarão o poder de estar à frente do GDF para impedir uma apuração rigorosa dos financiadores, organizadores e praticantes das ações golpistas da corja bolsonarista, até para tentar se proteger.
A impunidade dos golpistas não pode ser tolerada, pois alimentaria a continuidade das atividades desse setores, que querem instalar uma ditadura militar no país, acabando com as poucas liberdade democráticas que temos, para impor um processo ainda mais duro de exploração e opressão aos trabalhadores e trabalhadoras.
Novas eleições ao GDF! A população do DF deve ter o direito de escolher o seu governo
O afastamento de Ibaneis por 90 dias, além de ser insuficiente, coloca Celina Leão, outra bolsonarista, para assumir o GDF. Na CLDF já foram protocolados pedidos para a cassação de Ibaneis, mas não pedem também a de Celina Leão.
Para nós do PSTU-DF a única medida democrática para garantir o fim do governo de Ibaneis e Celina Leão é convocar novas eleições para o GDF. Diante dos fatos, que demonstram o risco e a incapacidade e Ibaneis e Celina Leão de governar o DF, quem tem o direito de decidir quem irá governar é a população do DF. Não é aceitável uma eleição indireta pela CLDF, como a que elegeu Rogério Rosso em 2010, ou uma cassação somente de Ibaneis, que leve Celina Leão a assumir o governo.
