CSP-Conlutas: Todos às ruas nos atos desta segunda-feira
CSP-Conlutas sobre os acontecimentos no Distrito Federal no dia 8 de janeiro
Mobilizar os trabalhadores e trabalhadoras para enfrentar os golpistas da ultradireita
Todos e todas às ruas nos atos da segunda-feira (09/01) em todo o país
Repudiamos a conivência do governo do DF e das forças policiais com as ações golpistas
Nesse dia 8 de janeiro, em Brasília (DF), milhares de ativistas de ultradireita, financiados e articulados por empresários e políticos bolsonaristas, promoveram ações golpistas e terroristas, que culminaram com a invasão e depredação do Congresso Nacional, STF (Supremo Tribunal Federal) e do Palácio do Planalto. Tudo isso com a conivência das forças policiais do Distrito Federal, até então chefiadas por Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro. E, também com uma omissão flagrante das forças policiais da União.
O ato desse dia 8 de janeiro é parte do processo de mobilização da ultradireita que desde a derrota eleitoral de Bolsonaro já levou inclusive a mais de mil trechos de estradas bloqueados no ano passado e, no domingo (8), a uma tentativa de ato terrorista no aeroporto do DF. Esse mesmo setor também vem anunciando a intenção de invadir nos próximos dias distribuidoras e refinarias de combustíveis da Petrobras.
A ultradireita segue uma escalada de ações golpistas, principalmente por que a conivência do exército, das forças policiais dos estados e da União tem encorajado esse setor minoritário no país a seguir atuando com um projeto de golpe militar.
Esses fatos demonstram que a classe trabalhadora não deve confiar que as instituições do regime político brasileiro sejam consequentes na luta contra as ações golpistas da ultradireita. Nem mesmo confiar que essas instituições levarão até as últimas consequências a prisão, punição e expropriação de todos os golpistas que financiam, articulam e participam desses atos. Inclusive, porque há dentro dessas instituições muita gente que é parte ativa da construção dessas ações.
Mobilizar os trabalhadores e trabalhadoras para derrotar a ultradireita
Diante desse cenário, o movimento sindical e popular, os partidos de esquerda, as centrais sindicais e o conjunto da classe trabalhadora tem que dar uma resposta categórica a essas ações golpistas, colocando o bloco na rua. É preciso imediatamente convocar manifestações em todo o país para repudiar as ações de ultradireita. Nenhuma trégua para os golpistas.
Somente a classe trabalhadora mobilizada pode garantir a derrota definitiva da ultradireita, impondo a prisão e punição a todos os golpistas. O caminho da conciliação e negociação com a ultradireita é um grande equívoco e só ajuda esse setor a se manter ativo, alimentando a sanha golpista dos bolsonaristas mais radicais.
Além do mais, o movimento sindical e popular do país deve levar adiante iniciativas de organização da autodefesa da classe trabalhadora para enfrentar as milícias de ultradireita e seus métodos fascistas.
– Prisão de Anderson Torres, dos comandos das forças policiais do DF e de todos os agentes públicos que colaboraram direta e indiretamente para as ações golpista do dia 8/01;
– Prisão, punição e expropriação de todos os organizadores, articuladores e financiadores das ações golpistas da ultradireita, a começar por Bolsonaro e sua família;
– Nenhuma trégua aos golpistas, convocar imediatamente manifestações, atos e ações da classe trabalhadora contra a ultradireita e o movimento golpista;
– Organizar a autodefesa dos trabalhadores e trabalhadoras;
– Em defesa das liberdades democráticas, ditadura nunca mais.