Rio de Janeiro

Greve nacional dos trabalhadores do INSS cresce

psturj

9 de abril de 2022
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A greve nacional dos trabalhadores do INSS é consequência de um perverso processo de reestruturação administrativa que iniciou com o governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, continuou com os governos do PT e vem ganhando seu formato mais nefasto com a PEC 32, elaborada pelo governo atual.

Desde 23 de março vem crescendo a greve dos servidores públicos federais do INSS. No Estado do Rio de Janeiro o movimento vem crescendo de forma gradual nas unidades e aos poucos o número de adesões vem aumentando.

O atendimento para os usuários dos Serviços Previdenciários têm sido sucateados ao longo dos anos, esse sucateamento agrava as condições de trabalho dos servidores do INSS, semelhante à situação do conjunto de SPFs de todo o país.

Desde o governo FHC o sucateamento vestiu a fantasia da modernização, da terceirização das atividades-meio até as atividades-fim. Em 2013 também houve greve, atenuada pelo discurso do governo do PT que prometia reduzir as filas de processos com a criação da Central 135 ou por mecanismos da web. Seria o pré-anúncio do INSS Digital efetivado em 2018 no governo Temer. Os servidores vivenciaram o aumento dos serviços dentro da mesma jornada de trabalho: seja pelo acúmulo de funções, seja pela falta de concursos públicos e reposição do quadro de servidores para a adequada análise dos benefícios solicitados pelos segurados, como também, pelas perversidades embutidas no trabalho pelo projeto “INSS Digital”, uma prévia do que seria o Home Office. Na greve de 2013 os trabalhadores enfrentavam o governo que adotou modelos privados meritocráticos de remuneração usando gratificações atreladas à produtividade.

Os trabalhadores, beneficiários e segurados amargam o crescimento das filas virtuais para acessar a política de Previdência Social. A burocracia existente no fluxo e documentos durante a abertura de um processo migraram para os sistemas operacionais praticamente inacessíveis à população que faz uso desta política, abrindo margem para que os trabalhadores sejam assediados por atravessadores quando buscam por algum benefício. Os trabalhadores do INSS sofrem com as mudanças nas atribuições das categorias, em um processo de desvalorização profissional e de adoecimento.

A contrarreforma administrativa (PEC 32) é a atual política global do governo federal para o serviço público. Ela significa, na prática, um avanço no movimento de precarização da Seguridade Social e da política previdenciária. Um verdadeiro ataque de conjunto aos servidores públicos federais e aos trabalhadores do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), já que significa a restrição e retirada de direitos.

A FENASPS e demais entidades representativas dos servidores públicos federais reivindicam um reajuste salarial de 19,99% como reposição de perdas inflacionárias dos últimos três anos, concurso público para repor o quadro de servidores que garanta o atendimento presencial e a diminuição do número de processos acumulados nos últimos anos, assim como a criação do Comitê Gestor de Carreira capaz de responder aos anseios da categoria, dentre outras reivindicações.

O PSTU declara total apoio e se solidariza com a luta travada pelos trabalhadores do INSS em defesa desta política social tão importante ao conjunto da classe trabalhadora.

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