Jerônimo Rodrigues (PT) compra de Israel as armas que matam o povo preto na Bahia
De acordo com o Anuário de Segurança Pública, a Bahia lidera ranking de mortes por intervenção policial
Em meio ao genocídio do estado sionista de Israel contra o povo palestino, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), segue comprando armas israelenses. As armas que matam o povo palestino são as mesmas que matam o povo preto e pobre pela polícia mais violenta do país.
A última compra, realizada mês passado pelo governo petista, foram 200 fuzis do modelo 7,62 x 51mm, considerado de assalto calibre. O armamento é apresentado como solução para forças militares de alto desempenho. A aquisição foi feita em dólar com custo de US$366.200,00 que convertidos para a moeda brasileira totaliza R$1.816.572,00.
A compra foi feita via Pregão Eletrônico Internacional junto a empresa Israel Weapon Indutries Ltda tendo como representante no Brasil a empresa M1-Consultoria e Tecnologia Ltda.
Abaixo-assinado
O Comitê Baiano de Solidariedade ao Povo Palestino, o qual o PSTU faz parte, está fazendo uma campanha, através de um abaixo-assinado, que exige do governador Jerônimo Rodrigues o cancelamento da compra de armas do estado genocida de Israel. Desde 2022, o governador petista tem comprado armas israelenses.
Na reunião do Comitê Baiano de Solidariedade ao Povo Palestino, realizada na última segunda-feira (2), o PSTU defendeu necessidade de romper os contratos e relações com o governo sionista de Israel e suas empresas. Quem mantém relações com Israel não está ao lado do povo palestino. Por isso, o PSTU não deposita nenhuma confiança no governo de Jerônimo Rodrigues.
Polícia mais violenta do Brasil
O resultado da política belicista do governo petista está no número de assassinatos cometidos pela polícia baiana, a mais violenta do país. Desde 2022, a Bahia lidera, em números absolutos, o ranking de mortes devido às intervenções policiais neste ano. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública foram 1.702 pessoas mortas pela polícia baiana em 2023. Desse total, 1.321 eram negras. Esse número pode ser ainda maior, pois em 306 casos as raças das vítimas não foram registradas.
Uma em cada quatro mortes decorrentes de ação policial no Brasil ocorreram na Bahia. O estado tem cinco das dez cidades em que os agentes mais mataram, sendo da cidade de Jequié, que fica a 367 quilômetros de Salvador, a primeira colocação, seguida de Eunápolis (4º), Simões Filho (7º), Salvador (8º) e Luís Eduardo Magalhães (10º).
Vidas negras importam!
“Meu filho foi executado”. Esse é o desabafo da mãe do adolescente de 17 anos Gabriel Santos Costa, morto a tiros por um policial militar no bairro de Ondina, em Salvador, na madrugada do último domingo (1º). O crime foi filmado por uma testemunha, com a câmera de um celular. Outro jovem de 19 anos também ficou ferido na ação.
Execução, como a de Gabriel, é uma prática recorrente pela polícia baiana. É um método de ação adotado que não é questionado pelo governo do PT. Ao contrário, Rui Costa, quando governador, defendeu os policiais da conhecida chacina do Cabula. A política de segurança do governo da Bahia é uma política de genocídio do povo preto.
A luta pelo cancelamento da compra das armas israelenses tem que ser combinada com a luta pelo fim dessa política de segurança que tem executado a tiros o povo preto. Por isso, o PSTU tem cobrado que as principais entidades do movimento negro rompam as relações com o governo de Jerônimo Rodrigues, que não é um governo dos trabalhadores.
Essa luta para ser vitoriosa precisa ser realizada de forma independente desse governo, hoje responsável pelo genocídio do povo preto, pobre e periférico. Basta! Vidas negras importam!
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