Nacional

1º de Maio: CSP-Conlutas realiza atos independentes, classistas, internacionalistas e de luta pelo país

Redação

3 de maio de 2024
star5 (1 avaliações)
O ato realizado em São Paulo reuniu centenas de ativistas de diversas categorias e setores populares | Foto: Sérgio Koei

O “1º de Maio” foi marcado por protestos e manifestações em todo mundo. Aqui, no Brasil, a construção do Dia Internacional do Trabalhador foi marcada pela disputa entre dois projetos.

De um lado, o projeto das grandes e burocráticas centrais sindicais e dos partidos que compõem a Frente Ampla (PT, PCdoB e PSOL), que transformaram um dia de luta em um dia festa e conciliação com governos e patrões, com a presença do presidente Lula e com convites a políticos bolsonaristas, como o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Do outro, um “1º de Maio” marcado pela luta política, em atos encabeçados pela CSP-Conlutas e suas entidades e movimentos filiados, o PSTU e outras organizações políticas, que convocaram manifestações e protestos internacionalistas e socialistas, independentes de governos e patrões.

Atos sem patrões ou governos

“A nossa luta é para construirmos uma alternativa socialista. Nunca vamos convidar governantes e patrões para o nosso ato. Não vamos convidar Lula nem Tarcísio e nem grandes empresários. Nosso convite é para os trabalhadores e trabalhadoras, para os servidores públicos federais que, neste momento, realizam uma greve contra o governo Lula”, afirmou o metroviário Altino Prazeres, pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PSTU.

“Aqui estão os servidores públicos de São Paulo, que fizeram greve contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Aqui estão grevistas e lutadores que se enfrentam com o governador Tarcísio, que quer privatizar o metrô, o trem e a água. Por isso, temos que seguir a nossa batalha por uma outra sociedade, onde a riqueza produzida por nós, trabalhadores, fique em nossas mãos e não com um punhado de bilionários. Nós podemos mudar o mundo, não será essa esquerda institucionalizada e nem a ultradireita que irão apontar o caminho de libertação da classe trabalhadora. Viva o 1º de Maio, viva a luta internacional da classe trabalhadora”, completou.

O ato realizado em São Paulo, em frente ao Teatro Municipal, reuniu centenas de ativistas de diversas categorias e setores populares: operários do Vale do Paraíba, servidores públicos, bancários, moradores de ocupações populares, a juventude estudantil e a juventude do movimento “Vida Além do Trabalho” (VAT), que luta pelo fim da escala de trabalho “6×1”.

Pelo Brasil

Manifestações de classe e de luta contra os governos e patrões foram realizadas de Norte a Sul do Brasil. A militância do PSTU participou ativamente na construção e na convocação desses atos.

No Norte, foram realizados atos em Belém (PA), Manaus (AM), Macapá (AP) e Boa Vista (RR). No Nordeste, aconteceram manifestações em São Luís (MA), Teresina (PI), Natal (RN), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Aracaju (SE), Salvador (BA) e Alagoinhas (BA).

Em Brasília, o ato uniu as categorias dos servidores públicos federais em greve. Em Vitória (ES), a manifestação foi junto aos servidores técnicos-administrativos da universidade federal, também em greve. Manifestantes também foram às ruas em cidades como Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG). Protestos foram realizados em Curitiba (PR) e em Florianópolis (SC), que têm uma agenda de lutas unificada entre as categorias em greve: servidores públicos federais e os professores da rede estadual de ensino.

A jornalista palestino-brasileira Soraya Misleh fala no ato do ‘1º de Maio, em São Paulo (SP) | Foto: Sérgio Koei

INTERNACIONAL

Todo apoio ao povo palestino!

O apoio à resistência palestina foi uma pauta presente nos atos classistas país afora. Em São Paulo, a jornalista palestino-brasileira Soraya Misleh, da Frente Palestina e militante do PSTU, ressaltou a importância de seguir as mobilizações solidárias, já que o genocídio praticado pelo Estado de Israel contra o povo palestino em Gaza, continua.

Foram feitas também cobranças ao governo Lula. “Hoje, em todo o mundo, é importante exigir que os governos rompam relações diplomáticas, econômicas e militares com o Estado genocida de Israel. Lula tem que romper as relações, já. Sem essa ação efetiva, os governos seguirão fazendo jogo de cena e, na prática, continuarão acobertando os crimes do Estado sionista”, disse Soraya.

“É preciso intensificar a solidariedade ao povo palestino, como estão fazendo os estudantes nos EUA, com as ocupações nas universidades, ação que já se espalha para outros países. Somente com a unidade internacional da classe trabalhadora poderemos derrotar Israel e conquistar não apenas o cessar-fogo e o ingresso da ajuda humanitária em Gaza; mas, também, a libertação de toda a Palestina, do rio ao mar”, finalizou.

Leia também!

Estudantes norte-americanos se manifestam em defesa da Palestina